Na sexta-feira, 30/08 começa no Rio de Janeiro, a XiX Bienal do Livro – um dos maiores eventos literários do país, ficando apenas atrás da Bienal do Livro de São Paulo -, que se estende até o dia 08/09. Contudo, para quem estiver em São Paulo, vai poder participar da Feira de Troca de Livros, promovido pelo SESI-SP, que acontece no sábado, 31/08 no lounge da cafeteria, em cima do Teatro Sesi. Segundo os organizadores, é essencial na formação crítica e cidadã, e a leitura é um componente importante da cultura e da educação. Por ser ferramenta de diálogo, ao influenciar na maneira e na forma como as pessoas percebem o mundo, o texto introduz o leitor em um universo gigantesco de códigos sociais e culturais, que ajudam no desenvolvimento humano, social e sensível. Com essa proposta, a Feira de Troca de Livros promove a socialização e o acesso ao universo dessa importante ferramenta.
Para participar, é muito fácil: os interessados deverão levar os livros que desejam trocar e escolher entre as opções disponíveis e, quanto mais livros levar, mais livros poderá trocar. É importante ressaltar que a troca é equivalente, ou seja, se você trouxer um livro, só tem direito a levar um em troca. Estão excluídos do projeto, os livros didáticos e revistas, mas Graphic novel, HQs e mangás, é super válido!
Saiba como chegar no CENTRO CULTURAL FIESP, que fica na Av. Paulista, 1.313, em frente à estação Trianon-Masp do metrô, clicando no botão a seguir:
Saiba como chegar no SESI - SP da Paulista
Conheça alguns dos livros que já troquei nas edições anteriores, levando 6 dos meus livros já lidos e, na troca trouxe esses exemplares que apresento a seguir:
Amyr Klink lembra de momentos difíceis que passou, para realizar seus planos, e garante que as crises podem nos motivar. Em seu novo livro, Não há tempo a perder, o maior navegador do Atlântico Sul evoca sua experiência para demonstrar como os projetos mais complexos podem ser realizados, se você se comprometer a destrinchar cada etapa. E trabalhar duro, ter resiliência. O obstinado homem do mar lembra da infância em Paraty, da adolescência, das vitórias e erros que já cometeu – garantindo que a pressão pode ser um estímulo para sobrevivermos.
Este é um livro sobre a escassez, o medo, e a nossa misteriosa capacidade de realizar nossos sonhos.
Nesta coletânea de quatro longos contos, situados no limiar entre a loucura e o sexo, a força das palavras escolhidas e ordenadas por Sérgio Tavares transportam o leitor a outra dimensão, como observa o jornalista Ubiratan Brasil no texto de orelha do livro: “Se fosse uma luta de boxe, seria uma sequência de golpes aplicados no fígado e no estômago até atingir o queixo”.
Foi da vivência na profissão ― em reportagens e entrevistas ― que o autor retirou inspiração para compor as tramas e personagens das quatro densas narrativas.
Saiba como se configura a nova ordem mundial. O mundo vem passando por uma série de transformações. Potências hegemônicas como os Estados Unidos têm de lidar com cada vez mais limitações em sua atuação, e as grandes companhias agora enfrentam a crescente ameaça dos pequenos empreendimentos. O poder, na política ou nos negócios, está se tornando mais fragmentado.
Ao longo de “O fim do poder”, o escritor venezuelano Moisés Naím discute as mudanças pelas quais o mundo vem passando desde meados do século XX e procura explicar por que o poder é hoje tão transitório – e tão difícil de manter e usar –, examinando o papel das novas tecnologias e identificando as forças que estão por trás dessas transformações.
Maria Helena é uma jornalista que, após um longo período de exílio em função da ditadura militar no Brasil, volta para recuperar sua vida anterior e reencontrar a família. Instalada numa casa de praia em companhia da mãe, ela revisita cenas da infância e da juventude, e repassa os motivos que a fizeram deixar o país. Juntas, mãe e filha rememoram os momentos mais agudos da repressão, enquanto passam a limpo sua delicada convivência. Ao mesclar ficção e realidade, Ana Maria Machado reconta alguns dos eventos mais marcantes do período – as primeiras manifestações estudantis, o endurecimento do regime, as formas de resistência – e discute não só como os mecanismos da repressão podem controlar uma sociedade, mas como a transição para a democracia pode ser lenta e dolorosa.
Com forte peso emocional, em sua narrativa se intercalam delicadeza e vigor, e em suas personagens transparecem as dúvidas e os anseios de toda uma época. Com uma narrativa que flui entre a memória e o presente, entre realidade e ficção, Ana Maria Machado expõe as feridas abertas pela ditadura militar e as tentativas de cura daqueles que sofreram com esse conturbado período da história brasileira.
Ao amanhecer do dia 9 de maio de 1624, uma frota de 27 navios da WIC – West-Indische Compagnie – invadiu Salvador, na Bahia. Vinham com bandeiras vermelhas hasteadas anunciando sangue. Traziam 500 canhões e 3.100 homens, quase todos protestantes ou judeus. O que seriam eles? O que levou os holandeses a invadirem o Brasil?
Isso é o que você vai saber em “O Livro dos Hereges”, um romance de ficção histórica que reconstitui a invasão holandesa no Brasil. Aqui você vai assistir ao embate entre católicos e protestantes, às disputas entre a Igreja e o Estado, ao choque cultural entre os laboriosos e liberais holandeses e os tranquilos e conservadores moradores da pachorrenta Cidade da Bahia. Uma história fascinante, com muita ação que vai prender você na leitura o tempo inteiro.
Poucas experiências humanas são tão fascinantes quanto o duelo, em que dois homens arriscam a vida para defender valores como honra e coragem. Ao mesmo tempo em que falam sobre os códigos éticos da época em que se realizam, esses rituais iluminam os abismos da alma de seus praticantes. Um prato cheio para inspirar grandes histórias. As visões dos escritores aqui reunidos não poderiam ser mais diversas.
O romântico Kleist, por exemplo, reconstitui a intrincada trama que leva a um duelo de espadas realizado no final do século XIV, quando o resultado da luta era considerado um veredicto divino. Já o cáustico Nabokov mostra a preparação de um duelo entre dois russos exilados em Berlim como uma espécie de paródia ridícula, em que o ritual se deslocou e teve seu sentido esvaziado. No conto mais longo do livro, que inspirou o filme Os duelistas, de Ridley Scott (1977), Conrad narra as várias etapas de um duelo entre dois oficiais do exército napoleônico que se arrastou por duas décadas. No mais curto, Maupassant descreve a atitude paradoxal de um homem que temia portar-se de modo indigno diante do rival. Turguêniev estuda as personalidades contrastantes de dois militares que amam a mesma mulher e balizam o início e o fim de sua amizade por dois duelos. Schnitzler, por sua vez, traz ao primeiro plano a testemunha de um duelo, explorando os desvãos de seu inconsciente.
Vistas em conjunto as seis narrativas compõem um mosaico das inúmeras possibilidades literárias suscitadas por essa extrema situação em que dois homens vêem sua vida ganhar outra dimensão a partir do momento em que um deles diz ao outro: “Escolha as armas”.
DANIEL MORAES, escritor, editor, influencer, jornalista e assessor de imprensa e bookaholic assumido, criou o site Irmãos Livreiros onde mantem atualizado com as novidades do mercado editorial.
É autor do livro Bodas de Papel publicado pela Editora Rouxinol, e a convite da Lura Editorial foi curador das antologias O Canto dos Contos e Contos de Natal. Neste ano de 2019, assumiu a organização da antologia O Canto dos Contos – primavera e a nova antologia Contos de Natal.