2021 chegou ao fim e o sentimento de dever cumprido — ou quase isso — se instala em nossas mentes. Chegou a hora de fazer a retrospectiva daquilo que lemos e nos encantamos com as narrativas mais marcantes do ano.

Após um ano conturbado que mudaria a história da humanidade, com a chegada e propagação do sars cov 2, contagiando toda a humanidade com o coronavírus, a tão devastadora e temida COVID-19, podemos esse ano de 2021, respirar um pouco com a aplicação da vacina que salvou milhares de vidas no Brasil e no mundo.

Obviamente que a pandemia não chegou ao fim, e muitos desafios irão testar a humanidade com suas atribulações, todavia, nas adversidades, encontramos forças para superar o que tenta nos derrubar.

Desde a chegada do vírus que assolou o planeta e levou diversas vítimas para o vírus, sofremos com o fechamento das atividades. Todas as esferas que compõe as atividades da humanidade, todos foram afetados, principalmente na esfera econômica, por conta do lockdown, ou o fechamento das atividades não essenciais em nosso país, bem como a restrição de circulação da população. De maneira idêntica ocorreu com o setor livreiro: teve queda nas vendas dos livros e o mercado livreiro balançou com a baixa venda de livros físicos. Contudo, não deixamos de colocar a leitura em dia.

Surpreendentemente conseguimos driblar o vírus e sair ilesos dessa guerra que de um lado, temos o vírus devastador. Do outro, o negacionismo em não contribuir com a propagação da vacinação em massa e a descrença na ciência, algo que atrapalha e muito, para que toda a população seja vacinada, tal como o líder máximo do supremo, Jair Bolsonaro, cujo livro escrito pelo jornalista Cesar Calejon, fala sobre a ascensão do bolsonarismo no Brasil do século XXI (resenha aqui), explica a posição do presidente.

Apesar de todas essas notícias, movimentos negacionistas, comércios fechados e mais uma série de assuntos que perturbaram o ano de 2021, acima de tudo, encontramos meios de escapar da realidade e embarcamos em uma realidade que nos levou à lugares jamais visitados, dando a folga que todos merecemos: viajamos para dentro dos livros, com o propósito de nos deligar do mundo e embarcar em outros universos.

Dessa forma, choramos, rimos, entendemos e questionamos o que se passou em nossas vidas e, hoje, pudemos olhar para trás e dizer que valeu a pena aguentar firmes e dizer que vencemos mais um ano. Vencemos 2021!

Desse modo, a leitura se fez presente e, muitos livros significativos foram importantes para nossa construção como indivíduos. Dentre vários temas — a maioria merece o lugar de destaque —, separei os 12 melhores livros de 2021.

Em suma, foram 82 livros lidos, resultando em 18.831 páginas, subdividido entre ficção, não-ficção e HQs, conforme ranking apresentado no site Skoob:

12 melhores livros de 2021

Confira agora os 12 melhores livros de 2021 e suas respectivas resenhas feitas aqui no blog Irmãos Livreiros.

Que 2022 nos traga novas boas leituras tanto quanto esse ano trouxe para nós!

Descubra o segredo da felicidade e leve a Dinamarca para a sua casa A Dinamarca está entre os países mais felizes do mundo, e isso não se deve somente às boas condições de vida que o Estado proporciona a seus cidadãos. Na verdade, os dinamarqueses seguem alguns hábitos bem simples que os ajudam a aproveitar melhor os bons momentos e a viver em harmonia com os outros, a natureza, e com eles mesmos. Agora, o segredo de uma vida mais plena está a seu alcance, e você não precisa se mudar para o outro lado do mundo para desvendá-lo.

Em O segredo da Dinamarca, Helen Russell investiga as razões de tanta felicidade e as sintetiza em dez passos que podem ser facilmente seguidos em qualquer lugar do globo. Confiar mais nos outros, arrumar um ambiente agradável, mexer o corpo, brincar, são apenas algumas das dicas dinamarquesas para uma vida muito mais agradável.

Descubra você também que a felicidade é um processo que pode e deve – ser praticado. Assim, mesmo que longe da realidade da Dinamarca, todos nós podemos aprender a viver um pouco como seu povo, simplesmente, e de forma mais feliz. 

Campeão nas listas de mais vendidos em todo o mundo, traduzido para quarenta países, O livreiro de Cabul foi considerado pela crítica um dos melhores livros de reportagem sobre a vida afegã depois da queda do Talibã.

Após conviver três meses com o livreiro Sultan Khan, em Cabul, a jornalista norueguesa Åsne Seierstad compôs este retrato das contradições extremas e da riqueza daquele país.

Por mais de vinte anos, Sultan Khan enfrentou as autoridades para prover livros aos moradores de Cabul, e assistiu aos soldados talibãs queimarem pilhas e pilhas de livros nas ruas.

Por meio de uma narrativa envolvente, Åsne Seierstad dá voz à família Khan, apresentando ao leitor uma coleção de personagens comoventes que reflete as contradições do Afeganistão.

Com excesso de erros no início do romance, os relatos de Charlie revelam sua condição limitada, consequência de uma grave deficiência intelectual, que ao menos o mantém protegido dentro de um “mundo” particular – indiferente às gozações dos colegas de trabalho e intocado por tragédias familiares. Porém, ao participar de uma cirurgia revolucionária que aumenta o seu QI, ele não apenas se torna mais inteligente que os próprios médicos que o operaram, como também vira testemunha de uma nova realidade: ácida, crua e problemática. Se o conhecimento é uma benção, Daniel Keyes constrói um personagem complexo e intrigante, que questiona essa sorte e reflete sobre suas relações sociais e a própria existência. E tudo isso ao lado de Algernon, seu rato de estimação e a primeira cobaia bem-sucedida no processo cirúrgico. Perturbador e profundo, Flores para Algernon é tão contemporâneo quanto na época de sua primeira publicação, debatendo visões de mundo, relações interpessoais e, claro, a percepção sobre nós mesmos. Assim, se você está preparado para explorar as realidades de Charlie Gordon, também é a chance para perguntar: afinal, o mundo que sempre percebemos a nossa volta realmente existe?

Jornalista profissional e bebedora ocasional, Bianca Bosker não sabia muito sobre vinhos até conhecer o universo alternativo onde o gosto reina supremo: o mundo da elite dos sommeliers que dedicam a vida a buscar seu sabor. Fascinada pelo fervor e os poderes sensoriais aparentemente super-humanos desses especialistas, propôs-se a descobrir o que move essa obsessão e verificar se ela também podia se tornar “cork dork”.

Com infinita curiosidade, humor e uma saudável dose de ceticismo, Bosker desvenda para o leitor os grupos secretos de degustação, os seletos restaurantes de Nova York, as vinícolas industrializadas da Califórnia, e até a máquina de ressonância magnética de um neurocientista. Tudo isso enquanto procura responder à mais intrigante das perguntas: O que o vinho tem de tão especial?

Tudo o que ela aprendeu vai mudar sua maneira de beber vinho – e, talvez, sua maneira de viver – para sempre.

A história da Starbucks não é apenas um registro de crescimento e sucesso. Ela conta também como uma empresa pode ser construída de maneira diferente. Em “Dedique-se de coração”, percebemos que uma empresa pode, sim, funcionar com o coração, nutrir a alma e ainda dar lucros. Neste livro, vemos que é possível, a longo prazo, oferecer valor aos seus acionistas sem sacrificar a crença central de que se deve tratar os funcionários com respeito e dignidade, tanto porque a Starbucks tem uma equipe de líderes que acreditam que isso é o certo quanto porque essa é a melhor forma de se fazer negócios. É difícil imaginar qualquer café que seja mais agradável do que esta narrativa. ― PUBLISHERS WEEKLY Para empreendedores, gerentes e admiradores da Starbucks: Dedique-se de coração é a história definitiva de como uma empresa de ponta construiu sua reputação no varejo mundialmente, conduzindo tudo com o coração. ― BUSINESS TIMES Ao nos presentear com a história detalhada de como a Starbucks compreendeu a mente de seus clientes, Schultz nos revela um autêntico truísmo norte-americano: se você for capaz de entender a imaginação de sua clientela, será um vencedor. ― USA TODAY

Uma empreendedora visionária e uma forte líder, Maria Luisa era uma das mais eficientes, felizes e gentis pessoas que eu conheci na minha longa carreira. Este livro conta a sua maravilhosa história com carinho e emoção. Uma leitura imprescindível.
Larry Fish Bank Chairman, investidor e amigo de longa data

Maria Luisa tinha essa capacidade única e especial de trazer as pessoas para perto. Não é fácil encontrar mulheres com a sua coragem, aliada a um saudável respeito pela tradição da Starbucks. Agia com naturalidade e espontaneidade. E era tão verdadeira!
Howard Schultz Ex-Chairman e CEO da Starbucks Corp

Maria Luisa era ativíssima, uma precursora no Brasil em termos de seu interesse pelo mundo dos negócios. Tenho certeza de que ela teria gostado de ver as brasileiras ocupando cada vez mais posições de poder.
Jorge Paulo Lemann Empresário

Antonio Sena é um piloto de avião experiente, acostumado a voar sob as mais diversas condições climáticas. Após anos nos ares e com mais de 2400 horas de voo — e de sempre ter tido em mente que, na vida, é fundamental estarmos preparados para o que der e vier, durante um voo rotineiro, a aeronave Cessna 210 que Sena pilotava sofreu uma pane e o motor simplesmente parou de funcionar antes de cair no meio da floresta amazônica. Ao se dar conta de que estava vivo, Antonio começou uma corrida contra o tempo: precisava sair do avião e pegar alguns mantimentos antes que a aeronave explodisse. Sozinho na maior floresta do mundo, precisou andar dezenas de quilômetros e manter a calma, pensar racionalmente e lidar com a incerteza e o medo enquanto lutava para sobreviver na mata. Abrigo, água potável e comida eram meros detalhes perto de onças, sucuris, jacarés e todo tipo de inseto que existe na Amazônia. Em 36 dias, Antonio narra sua extraordinária experiência, desde os segundos decisivos até a queda da aeronave até o momento em que finalmente reviu sua família, e compartilha com o leitor as estratégias físicas, mentais e emocionais que o ajudaram a voltar para casa são e salvo.
Esse nosso jeito bélico de viver reflete sobre um sintoma contemporâneo: nossos mecanismos de sociabilidade parecem reduzir a cada dia. Temos perdido a capacidade de ponderar, de dialogar, de estabelecer afetos. Todos que não fortifiquem nossa câmara de eco – que não concordem com nossas perspectivas – se tornam descartáveis, obsoletos, são cancelados. O belicismo cotidiano exibe nosso lado mais indolente, pois atravessa, quase imperceptível, as nuances das relações interpessoais. Desviar nosso olhar do cotidiano é um dos primeiros passos em direção à alienação: vamos terceirizando atitudes; e, consequentemente, legitimamos a cultura do medo, da ameaça e da violência. Eu quero te convidar a pensar sobre por que chegamos até aqui e sobre o quê podemos fazer para transformar esse quadro.

Mesmo autor de Drops

Um livro gentil, necessário, com a nuance mais pura da poesia em sua forma real, onde as palavras se encaixam e vão além do que podemos ver. Uma experiência agradável, divertida e envolvente.

Brindes: Acompanha marcador de páginas personalizado e cartela de adesivos com emojis exclusivos.

 

Tradição e lenda se encontram na noite do Festival Anual de Equinócio de Outono, quando a cidade tradicionalmente se reúne para lançar lanternas de papel rio abaixo. A lenda conta que, depois de sumir de vista, as lanternas se juntam com a Via Láctea e se transformam em estrelas, mas será que isso é verdade?

Ben e seus colegas estão determinados a descobrir para onde as lanternas realmente vão e, para garantir o sucesso em sua missão, eles fizeram um pacto com duas regras simples: 1° ninguém volta para casa; 2° ninguém olha para trás. O plano é seguir o rio em suas bicicletas pelo tempo que for preciso para descobrir a verdade, mas enquanto o pacto vai sendo quebrado pela turma, Ben continua e, ao seu lado, inesperadamente está Nathaniel, o único garoto que não parece se encaixar naquele grupo.

Juntos, Nathaniel e Ben viajarão mais longe do que qualquer um já foi percorrendo uma estrada sinuosa cheia de magia, surpresas e também uma amizade inesperada.

Como um jovem gay levando uma vida enrustida em um estado sulista dos Estados Unidos dos anos 1960, Toland Polk se esforça ao máximo para se manter discreto. Ele está ciente da injustiça racial ao seu redor, os políticos segregacionistas, os policiais corruptos e os membros violentos da Klan, mas se sente impotente para fazer alguma diferença. Tudo isso muda quando o seu caminho cruza com a estudante Ginger Raines. A garota o apresenta a um grupo animado e diversificado de ativistas dos direitos civis, cantores folk e artistas de boates, homens e mulheres que vivem uma vida autêntica, apesar dos valores conformistas de sua cidade natal. Encorajado por essa nova comunidade, Toland se junta aos protestos locais e até encontra coragem para se aventurar em um bar gay. Cansado de ficar à margem da sociedade, Toland resolve se juntar a seus amigos em suas lutas contra o preconceito. Mas em Clayfield, Alabama, isso pode ser perigoso… e até mortal.

Conversas desconfortáveis com um homem negro é um convite acolhedor a todos aqueles interessados em conhecer mais tudo a que as pessoas negras estão diariamente submetidas – discriminação, desigualdade e violência, tanto em suas formas mais evidentes e abomináveis quanto nas mais veladas, subjacentes e estruturais.

O comentarista esportivo Emmanuel Acho, um homem negro, acredita que a solução para o racismo, que ultrapassa as fronteiras dos países, é a empatia, só alcançada com informação. Ele então decidiu criar um “espaço seguro” para responder a perguntas — complexas e simples, insensíveis e consideradas, tabu — que muitas pessoas hoje em dia têm medo de fazer e cujo entendimento profundo é a chave para combatermos o preconceito e a desigualdade. Emmanuel fez primeiro uma websérie em seu canal no YouTube, que teve mais de 17 milhões de visualizações.

Logo em seguida, foi convidado a transformá-la neste livro, que foi publicado nos Estados Unidos em novembro de 2020, chegou à lista dos mais vendidos em apenas duas semanas e foi escolhido como um dos melhores do ano.

Além dos 12 melhores livros de 2021 citados neste post, uma dica bônus, é o conto “Penélope“, em formato e-book que foi publicado nem novembro deste ano de 2021,  ponde narra a trajetória da pequena cachorrinha que emociona o leitor do início ao desfecho do conto.
Penélope

Do mesmo autor do best-seller “A Macieira

A trajetória de quem foi encontrada após ser abandonada, até as aventuras mais emocionantes para a pequena e sensível Penélope. À medida que seu passado e presente se fundem, a história de Penélope encanta do início ao fim. Impossível não se emocionar.

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Daniel Moraes

Daniel Moraes

Fundador do Portal Irmãos Livreiros

Escritor, editor, jornalista, comunicólogo e bookaholic assumido, criou do portal Irmãos Livreiros onde mantém atualizado com as novidades do mercado editorial.