Todo mundo vai morrer um dia: a profundidade da ansiedade da protagonista e a maneira única como ela percebe a vida e a morte.

Em Todo mundo vai morrer um dia, Emily Austin, com um humor peculiar e uma ternura surpreendente, nos apresenta Gilda, uma protagonista inesquecível cuja mente ansiosa é constantemente assombrada pela inevitabilidade da morte.

Publicado pela editora Astral Cultural, o livro se desenrola a partir de uma série de mal-entendidos que levam Gilda, uma ateia e lésbica declarada, a se tornar a recepcionista de uma igreja católica. Essa premissa inusitada já define o tom de uma narrativa que mistura comédia de situações, reflexões existenciais e um toque de mistério.

Desesperada por um alívio para sua mente tumultuada, Gilda busca terapia na igreja, mas, por um equívoco do padre, acaba contratada. Sem coragem de desfazer a confusão, ela se vê imersa em um universo completamente alheio ao seu, tentando se adaptar aos rituais de uma missa e, ao mesmo tempo, mantendo sua verdadeira identidade em segredo.

À primeira vista, a situação se complica quando Gilda descobre que a antiga recepcionista faleceu em circunstâncias suspeitas, que a deixa cada mais ansiosa para descobrir o real motivo. Movida por uma curiosidade inata, ou talvez por uma nova forma de lidar com sua ansiedade, ela se lança em uma investigação por conta própria, envolvendo fiéis que frequentam as missas.

Todo mundo aqui vai morrer um dia

Nesse sentido, o que torna Todo mundo vai morrer um dia tão envolvente é a forma como Emily Austin aborda temas universais como a ansiedade, a busca por significado e a aceitação da mortalidade. A jornada de Gilda é um curiosamente intensa estudo sobre a condição humana, pontuada por momentos de hilaridade e vulnerabilidade.

Sob o mesmo ponto de vista, a autora explora as complexidades da fé e da descrença, da aceitação e da negação, por meio de uma personagem que, apesar de sua aparente indiferença, busca desesperadamente um caminho para sobreviver em um mundo onde a única certeza é a finitude.

“Sempre foi difícil para mim me sentir feliz. Acho que os gatilhos que levam meu cérebro a transmitir substâncias químicas felizes estão quebrados. Não acho que realmente me importo com o que acontece comigo. Posso acidentalmente ser atropelado por um carro, sequestrado por um serial killer ou me perder aqui – mas todos esses resultados possíveis me causam tanta dor quanto a perspectiva de voltar para minha casa e dormir.” 

Desse modo, este livro é indicado para leitores que apreciam comédias com toques de humor e reflexões existenciais, bem como, para fãs de histórias com personagens peculiares e multifacetados.

Acima de tudo, para pessoas interessadas em temas como ansiedade, mortalidade, fé e autodescoberta. Para quem busca uma leitura leve, mas com profundidade, capaz de fazer rir e pensar sobre a maneira de perceber a linha tênue entre vida e a morte.

Em suma, Todo mundo vai morrer um dia é uma obra original que mistura ternura, humor e questionamentos pertinentes sobre a nossa condição. Emily Austin nos convida a refletor sobre o que realmente importa na vida quando a morte é a única certeza.

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Todo mundo aqui vai morrer um dia, está disponível na Amazon e nas principais livrarias do país.

Todo mundo aqui vai morrer um dia

Uma mente ansiosa, um emprego improvável e uma única certeza: vamos todos morrer um dia. Um romance que equilibra com maestria a fragilidade da nossa existência com o fascínio que é estar vivo. Mais do que uma leitura, você vai se sentir lido.”  ― Lucas Barros, criador de conteúdo literário

Gilda não consegue parar de pensar sobre a morte. Desesperada para ter um alívio de sua mente ansiosa, ela se inscreve na terapia oferecida pela igreja católica de seu bairro, mas o padre imagina que a garota está lá para uma entrevista de emprego. Pega de surpresa e sem coragem de corrigi-lo, Gilda acaba sendo contratada para ocupar a recém-aberta vaga de recepcionista.

Não é o trabalho que qualquer pessoa imaginaria Gilda aceitando, afinal ela é ateia e lésbica. Dividida entre tentar não chamar atenção para si, aprender como funciona uma missa e conduzir uma investigação amadora ao descobrir que a antiga recepcionista faleceu ― talvez não por causas naturais ―, ela se esforça para não demonstrar o temor que sente a respeito de sua mortificante existência.

Todo mundo aqui vai morrer um dia mistura ternura, humor e reflexões pertinentes a respeito da condição humana em uma vibrante investigação sobre o que é preciso para sobreviver em um mundo em que a sua data de validade ― e a validade daqueles que amamos ― é a única certeza que temos.

Emily Austin foi indicada ao Prêmio Amazon Canadá de Primeiro Romance de 2022 por seu livro Todo mundo vai morrer um dia, seu romance de estréia, publicado no Brasil pela editora Astral Cultural.

Emily nasceu em St. Thomas, Ontário, e estudou Literatura Inglesa e Biblioteconomia e Ciência da Informação na Western University. Ela tem experiência em bibliotecas, ensino e como arquiteta da informação. Atualmente, reside em Ottawa e seu segundo romance será lançado em breve.

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