Quando me descobri negra, escrito pela escritora, cientista social, jornalista e mestre em Educação pela Universidade de São Paulo, Bianca Santana, um dos vencedores do Prêmio Jabuti em 2016, na categoria “Ilustração”nos apresenta uma narrativa delicada, direta e objetiva sobre a vida do negro no Brasil.

Com a finalidade de apresentar uma visão abrangente do indivíduo negro, Bianca Santana, organizou o livro de crônicas em três partes da seguinte forma: “Do que vivi”, “Do que ouvi” e “Do que pari”. Ambas as narrativas falam sobre histórias envolventes de resistência, aceitação de ser quem você é, negro com orgulho em ser negro, de orgulho próprio.

Dessa forma, a obra incomoda propositalmente o leitor para que saiba e sinta na própria pele todas as situações descritas no livro, que mostram o drama real de quem vive todos os dias o preconceito racial – e estrutural -, e dessa forma a autora deixa uma reflexão no desfecho da obra que vale a pena ser lido:

“Você se lembra de quando foi racista com uma preta ou um preto? Não precisa contar pra ninguém. Só tente não repetir”.

No país multicultural e pluralizado, cujo preconceito insiste em ser desmistificado que não há racismo, “Quando me descobri negra”, inegavelmente afirma que o racismo está mais presente em todas as esferas da sociedade. Portanto, cabe a nós, permitir que a diversidade seja a palavra de ordem em nossa vida.

Leia “Quando me descobri negra”. É necessário. Recomendo!

A Macieira, grátis na Amazon

Quando me senti negra, está entrou para a 1º mais vendido em Biografias para Adolescentes no site da Amazon.
Confira:

“Tenho 30 anos, mas sou negra há dez. Antes, era morena.” É com essa afirmação que Bianca Santana inicia uma série de relatos sobre experiências pessoais ou ouvidas de outras mulheres e homens negros. Com uma escrita ágil e visceral, denuncia com lucidez – e sem as armadilhas do discurso do ódio – nosso racismo velado de cada dia, bem brasileiro, de alisamentos no cabelo, opressão policial e profissões subjugadas.

“Quando me descobri negra fala com sutileza e firmeza de um processo de descoberta inicialmente doloroso e depois libertador. Bianca Santana, através da experiência de si, consegue desvelar um processo contínuo de rompimento de imposições sobre a negritude, de desconstrução de muros colocados à força que impedem um olhar positivo sobre si. Caminhos que gradualmente revelam novas camadas, de um ser ressignificado. Considero este livro um presente, é algo para se ter sempre às mãos e ir sendo revisitado. Bianca, ao falar de si, fala de nós.” – Djamila Ribeiro, colunista da Carta Capital, pesquisadora na área de filosofia política e feminista.

“Escritos romantizados, tristes e fortes, delicados e agudos, de uma dura e naturalizada realidade que se reinventa em vermelho e cinza a cada dia nas periferias, mas também nos espaços de classe média universitária ou médica, ou ainda nos voos São Paulo-Paris.” – Douglas Belchior, militante do movimento negro e conselheiro da UNEafro-Brasil.

Nenhum resultado encontrado

A página que você solicitou não foi encontrada. Tente refinar sua pesquisa, ou use a navegação acima para localizar a postagem.

Nenhum resultado encontrado

A página que você solicitou não foi encontrada. Tente refinar sua pesquisa, ou use a navegação acima para localizar a postagem.

Nenhum resultado encontrado

A página que você solicitou não foi encontrada. Tente refinar sua pesquisa, ou use a navegação acima para localizar a postagem.

Nenhum resultado encontrado

A página que você solicitou não foi encontrada. Tente refinar sua pesquisa, ou use a navegação acima para localizar a postagem.

Comentários

Setenta

Setenta

Setenta. Ditadura militar no Brasil. “Não há tortura no Brasil”. Com esta frase de Alfredo Buzaid, ministro da Justiça entre 1969 e 1974, que está estampado folha de rosto do livro “Setenta”, de Henrique Schneider, escritor e filho do deputado Nestor Fips Schneider,...

Alarm!

Alarm!

Alarm!, escrito por Roberto Muyalert, publicado pela Editora SESI-SP narra episódios passados durante a Segunda Grande Guerra (1939-1945) no Brasil, que, com uma narrativa intensa, Wener Hoodhart, protagonista da obra e tripulante do submarino alemão U-119 desemboca...

Protagonismo negro em São Paulo

Protagonismo negro em São Paulo

Protagonismo Negro em São Paulo, obra de Petrônio Domingues, publicado pela Edições Sesc, aborda com profundidade a real necessidade de se falar sobre o papel do homem negro – ou como é bem salientado no livro – o “homem de cor”, na sociedade brasileira,...

O Vale dos Lobos

O Vale dos Lobos

Em 1976, uma alcateia invade a pequena cidade de Sparrow, Alaska, causando pânico e provocando a morte de um policial. Vinte e seis anos depois, a cidade é invadida novamente e novas mortes acontecem.

Cadafalso

Cadafalso

Ambientado nos anos 1930, Cadafalso acompanha o percurso de duas judias ortodoxas, Malka e Eva, que partem da Polônia para o Brasil em busca de uma nova vida e se deparam com um período turbulento de repressão policial e perseguição política praticados pelo governo de Getúlio Vargas.

1943, Roosevelt e Vargas em Natal

1943, Roosevelt e Vargas em Natal

A obra retrata o aclamado encontro entre os presidentes Franklin Roosevelt, dos Estados Unidos, e o presidente do Brasil naquele ano, Getúlio Vargas. O encontro aconteceu na base aérea americana de Natal em 28 de janeiro de 1943.

Daniel Moraes

Daniel Moraes

Fundador do Portal Irmãos Livreiros

Escritor, editor, jornalista, comunicólogo e bookaholic assumido, criou do portal Irmãos Livreiros onde mantém atualizado com as novidades do mercado editorial.

King e as libélulas

King e as libélulas

King e as libélulas: Uma jornada emocionante e poderosaKing e as libélulas, publicado pela Naci, selo Young Adult da Editora Nacional, é...

O ano da lebre

O ano da lebre

Uma jornada hilariante e reflexiva com "O ano da lebre" do filandês Arto Paasilinna"O ano da lebre", escrito pelo renomado autor finlandês...