O que restou da política: ensaios sobre as desilusões ideológicas e a polarização entre esquerda e direita
Em O que restou da política, Diogo Chiuso, nos convida a uma reflexão profunda e instigante sobre a confusão da política atual. Com uma trajetória que inclui marketing político e organização de eventos culturais, e uma vasta experiência na edição de livros, Diogo lança um olhar perspicaz sobre os extremismos ideológicos que geram um profundo mal-estar, fomentando conflitos culturais e dividindo ideias de extremos.
À primeira vista, a obra de Diogo Chiuso parte da premissa de que a essência da política reside na capacidade de resolver divergências por meio de acordos que visem o bem comum, evitando que os poderes destinados a unir a sociedade se tornem, paradoxalmente, motivos de divisão. Em tempos de polarização ideológica acentuada, onde as dicotomias entre direita e esquerda parecem intransponíveis, a obra de Chiuso se faz urgente ao diagnosticar uma crise da modernidade que se manifesta em diversos níveis.
Por meio de ensaios, o autor estabelece um diálogo com pensadores tão distintos quanto Foucault, Max, Camus, Karl, Sartre, entre outros ensaístas. Essa amplitude teórica permite a Diogo Chiuso explorar as raízes históricas e filosóficas do dilema político contemporâneo, abordando temas como a sociedade do espetáculo e a proliferação de fake news, elementos que distorcem a verdade e alimentam o conflito. A teoria das elites também é implicitamente explorada, ao se questionar como o poder, em vez de ser um instrumento de união, se converte em ferramenta de fragmentação. Democratas e republicanos, direita e esquerda.
“A distinção dos rivais políticos não apenas alimenta a tensão ideológica, cujo marketing eleitoral pode tirar proveito, mas faz parte de um estado psicológico de ética superior, onde todos parecem ter uma opinião verdadeira e definitiva a respeito de tudo, e naturalmente o inimigo sempre carrega o erro, o engano, a mentira.”
O que restou da política é um convite irrecusável à análise crítica da nossa realidade. A obra não se limita a apontar os problemas, mas busca compreendê-los em sua complexidade, incentivando o leitor a ir além das paixões e a refletir sobre o verdadeiro propósito da política na construção de uma sociedade mais coesa e menos fragmentada. É um livro essencial para quem busca entender os mecanismos que nos levaram ao atual cenário de desavença e, mais importante, para quem ainda acredita na capacidade humana de construir pontes sobre abismos.
Este livro é indicado para pessoas interessadas em compreender a política contemporânea, especialmente aqueles que se sentem confusos com a polarização ideológica e os conflitos sociais atuais, tal como para estudantes e pesquisadores de ciências sociais, filosofia e comunicação devido à sua abordagem interdisciplinar e à articulação com diversos pensadores renomados.
Recomendo também para cidadãos preocupados com o mal-estar civilizacional, ou seja, aqueles que buscam entender as causas da fragmentação social e o impacto das fake news e da sociedade do espetáculo da polarização entre esquerda e direita, Lula e Bolsonaro. Biden e Trump.
“Portanto, tal polarização política não é novidade, mas apenas consequência de uma visão de mundo romântica baseada no ‘pessimismo cultural’ Anunciar a catástrofe ao mesmo tempo, em que se propõe a solução não é exclusividade de nenhum dos incontáveis espectros políticos existentes.”
Do mesmo modo, para qualquer um que deseje refletir sobre o propósito da política, nesse sentido, para quem acredita que a política deve ser uma ferramenta para unir e não para dividir a sociedade.
Em outras palavras, para leitores que apreciam ensaios filosóficos e críticos, no qual a obra oferece uma análise densa e fundamentada sobre temas complexos.
Em suma, O que restou da política é um guia instigante para navegar pela complexidade do cenário político atual, oferecendo um diagnóstico preciso e um convite à reflexão sobre a essência da política e a busca por um bem comum em tempos desafiadores.
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Neste ensaio, o autor pretende desvendar a confusão da política atual, marcada por extremismos ideológicos que geram um mal-estar civilizacional que estimula conflitos e divide compatriotas entre amigos e inimigos.
Na sua visão, a essência da política é resolver as divergências por meio de acordos que visam o bem comum, evitando, assim, que os poderes que deveriam ser usados para unir a sociedade passem a ser motivos para dividi-la.
O livro é composto por ensaios que articulam uma diversidade de assuntos e autores tão distintos quanto Michel Foucault, Herbert Marcuse, Walter Benjamin, Max Weber, Karl Mannhein, Bernard Lonergan, George Bernanos, Jean-Paul Sartre e Albert Camus.
A política moderna é messiânia. Profanaram a frase do príncipe epilético de “O Idiota” de Dostoiévski, “a beleza salvará o mundo”, e hoje temos o idiota real, que não é príncipe nem personagem de Dostoiévski, mas conclama o mundo para um novo mandamento: “a Política salvará o mundo”…
Assista o comentário do autor Diogo Chiuso em canal no YouTube, autor do livro O que restou da política:
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DANIEL MORAES, escritor, editor, influencer, jornalista e assessor de imprensa e bookaholic assumido, criou o site Irmãos Livreiros onde mantem atualizado com as novidades do mercado editorial.
É autor do livro Bodas de Papel publicado pela Editora Rouxinol, e a convite da Lura Editorial foi curador das antologias O Canto dos Contos e Contos de Natal. Neste ano de 2019, assumiu a organização da antologia O Canto dos Contos – primavera e a nova antologia Contos de Natal.