Maly é uma garotinha que já nasceu com um destino: enfrentar desafios que a vida irá lhe impôs. Quando pequena enquanto passeava em uma excursão, seus pais que ficaram em casa com seu irmão, foram brutalmente assassinados por não terem joias ou dinheiro suficiente para atender os assaltantes. Simplesmente exterminados.
Assim que chegou em sua casa transbordando de felicidade com intuito de relatar aos seus pais que seu final de semana foi incrível, se deparou com a cena que a marcaria e mudaria sua jovem vida para sempre: sua família exterminada.
Abalada estando em choque, sua vizinha, lhe acolheu e começou a cuidar por um período que logo teria fim, pois uma senhora não conseguiria cuidar de uma menina que estudava e suas obrigações a dariam uma vida enfadonha. O esposo também já idoso, não teria condições de manter Maly junto a eles por muito tempo, uma vez que seus filhos já estavam casados e não tinha mais ânimo e condições psicológicas para cuidar de uma garotinha órfã.
Sendo assim, Maly foi enviada para um orfanato da cidade, o Orfanato Esperança, onde mais uma vez, a vida lhe jogou em uma difícil e complexa tarefa que vinha carregada de dificuldades. Mesmo assim, ela sofreu calada como um cordeiro que vai a um matadouro, porém, silenciosamente, se mantinha e assim viveria por um longo no Esperança.
Vivendo ali até sua adolescência, aprendeu as artes circenses, e se destacou no malabarismo, onde se encantou com as manobras elegantes que os artistas faziam. Foi nesta época que despertou o interesse por leituras, tais como a narrativa de Sigmund Freud.
Ainda na adolescência, tornou-se próxima de um garoto, que despertou ciúme em outras colegas que viviam na mesma situação igual a de Maly e, em uma noite cortaram seu cabelo, fazendo com ela se sentisse excluída dos demais. A única opção foi se desligar do orfanato onde viveu por longas datas e fugiu para bem longe, para uma cidade desconhecida. Mais uma vez, a vida de Maly sofreria uma rasteira. Tal como outras histórias de outras garotas que nunca tiveram opção de uma vida digna, a escrita de Léa espelhou Maly nessas garotas.
No entanto, nesta nova cidade foi amparada por uma turma do Circo Alegria e apresentando seus tímidos dotes, porém, precisos, Maly iniciava uma nova jornada que mais uma vez, mudaria sua vida radicalmente. Desta vez, para melhor.
Maly, obra de Léa Michaan, é dividida em duas partes e na segunda parte somos apresentados a Pietro, um italiano filho adotivo de uma tradicional família que vivia na ilha de Capri. Sua história é linda, pois vive com seus irmãos e seus pais. Certo dia, seu irmão pulando de um alto e ingrime rochedo, se choca com rochas no fundo do mar e após ser levado ao centro médico foi diagnosticado que ele ficaria paraplégico.
Foi nesta época que Pietro vai em busca de suas origens e descobre seus pais eram judeus e estavam foragidos na ilha de Capri, pois, tinham uma dívida impagável com a máfia napolitana. Em busca constante, descobre que seu pai fora morto e sua mãe sofrera o processo de lobotomia e toda sua vida fora esquecida. A dona de uma pousada sabendo que o pequeno bebê dos judeus ficar sozinho na casa, pois os pais foram levados pela máfia, adotaram Pietro e desde então viviam com eles.
Nesta mesma época, o Circo Alegria, está recrutando artistas malabaristas na Itália, e ela, passou na seleção embarcando para o país levando consigo todas as lembranças desde seu nascimento, pois nunca mais retornaria ao Brasil. Na estadia, vai à Ilha de Capri, onde está acontecendo um evento sobre a teoria de Sigmund Freud e com interesse conhece Pietro que se encanta com a brasileira malabarista. Assim nasceria um lindo amor entre dois órfãos que foram amparados por pessoas que acreditavam no poder do amor e na verdadeira amizade. Mais uma vez se iniciava mais uma história na vida de Maly que agora escreveria juntamente com Pietro.
Neste livro, Léa Michaan, traz a tona o drama de duas vidas distintas, arrastada pela perda dos familiares que, por consequência, a vida permitiu se encontrarem. O que viverão à frente, deixa a obra muito mais atrativa e preenche o coração do leitor. Sem dúvida, um livro que merece ser lido por todos que apreciam o gênero. Recomendo!
Maly foi o livro debatido no Clube do Livro na Livraria Boigy em Mogi das Cruzes, onde nós do Irmãos Livreiros, participamos juntos com amantes da leitura.
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É autor do livro Bodas de Papel publicado pela Editora Rouxinol, e a convite da Lura Editorial foi curador das antologias O Canto dos Contos e Contos de Natal. Neste ano de 2019, assumiu a organização da antologia O Canto dos Contos – primavera e a nova antologia Contos de Natal.