Que John Lennon é fera, todo mundo já sabe, mas sua vida muda radicalmente, pós Beatles, somente lendo o que está escrito em “John Lennon em Nova York – Os Anos de Revolução”, de James A. Mitchell, publicado pela Editora Valentina; uma ótima combinação para ser lido no Dia Mundial do Rock.
Depois que o Rock surgiu nas melodias do astro “Elvis Presley”, uma banda que surgia e se tornaria a frete de uma geração que arrastaria fãs do mundo inteiro para os shows e ainda é reverenciada, nascia assim, “Beatles”, que ainda detém a marca impressionante de fãs pelo mundo todo, mesmo em uma era que a música não está lá essas coisas.
Eis que dentre os meninos de Liverpool, John Lennon com seu estilo ‘hippie’ se destacou e anos após nos deixar, ainda tão jovem no auge dos seus 30 anos, naquela época seria um destaque e quebraria paradigmas ao trocar Londres por Nova York. Graças ao jornalista James A Mitchell que pesquisou a fundo sobre a vida do astro, nos trouxe um documentário repleto de informações precisas, claras e de forma prazerosa em 248 páginas que prende o leitor do início ao final, sem pestanejar.
Já ouvi boatos que Yoko Ono foi a causadora para a saída de John Lennon e o fim dos Beatles, o que deixa-se em aberto, pois Mitchell nos leva à 1971 quando Lennon decide se manter em New York definitivamente e, o que poderia ser um mar de rosas, na verdade, foi um idealizador de causas nobres, tais como quando um maledito entrou com ação contra John Sinclair ter sido preso por porte de maconha há dois anos e, a única forma de balançar as autoridades que se mantinham firmes era agir através de suas músicas, tais como quando fez um show contra a política do presidente Nixon; entra aí um revolucionário que era atuante com Yoko Ono na política da época.
Junto a isso, Lennon criou uma banda que o chamava de “The Elephants” cantando junto uns caras bem liberais ao lado de Yoko, mas a banda não agradou tanto quanto o próprio Lennon era suficiente para ter seu nome estampado nas casas de shows e ao ar livre e isso era suficiente para fazer o sucesso desejado.
Em suma, com esse documentário, Micthell trouxe várias questões de uma época remota que vale muito a pena ficar relatando, mas não é o intuito da resenha, porém uma coisa é certa: o tempo em que passou por New York, John Lennon fez história que talvez nem ele mesmo tenha ciência disso. Com este livro, descobrimos coisas incríveis sobre a vida daquele que já se foi, mas deixou muita saudade.
Viva o Rock! Viva Jhon Lennon!
Biografia única e ilustrada, John Lennon em Nova York revela como foi a pouco conhecida fase pós-Beatles vivida por um dos maiores artistas do século XX. O ativismo político, a evolução musical, a relação com a esposa Yoko Ono e com os antigos companheiros de banda foram alguns dos temas abordados com deliciosas minúcias pelo autor, o jornalista norte-americano James A. Mitchell. Um dos maiores valores da obra está na revelação de detalhes inéditos sobre Lennon, sobretudo os relacionados à busca frenética pela enteada, Kyoko Cox, nos EUA.
Autor de outros livros sobre jornalismo, rock e guerra, James A. Mitchell recorreu a entrevistas inéditas com os membros da banda norte-americana de Lennon, a Elephant’s Memory; com a escritora e líder feminista Gloria Steinem; com o cofundador da Bancada Negra do Congresso, Ron Dellums; com o veterano dos “Sete de Chicago” Rennie Davis; com o advogado especializado em assuntos de imigração Leon Wildes; e com o poeta e ativista John Sinclair, o homem que Lennon libertou de uma sentença de dez anos de prisão – feito que demonstrou seu enorme poder político e cultural e pôs em marcha a surpreendente história aqui contada. Lançada em 2013, a biografia revela processos de criação dos discos solo de Lennon, as perseguições do FBI e do presidente Nixon para deportá-lo pela oposição à Guerra do Vietnã, e como se integrou ao cotidiano de NY. O livro agrada não só a Beatlemaníacos e fãs do artista, mas também à amantes de rock, de artes plásticas, show-business e História. Revela curiosidades de alguns dos grandes ícones culturais do século passado que conviveram com o músico, além das mudanças sociais, culturais e comportamentais do início dos anos 70 até o assassinato de John Lennon, em 1980.
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DANIEL MORAES, escritor, editor, influencer, jornalista e assessor de imprensa e bookaholic assumido, criou o site Irmãos Livreiros onde mantem atualizado com as novidades do mercado editorial.
É autor do livro Bodas de Papel publicado pela Editora Rouxinol, e a convite da Lura Editorial foi curador das antologias O Canto dos Contos e Contos de Natal. Neste ano de 2019, assumiu a organização da antologia O Canto dos Contos – primavera e a nova antologia Contos de Natal.