História e ficção científica: locomotivas, androides e outras viagens do metaverso
Em História e ficção científica, Luiz Aloysio Rangel, publicado pela Editora Contexto, nos convida a uma instigante jornada para entender o mundo contemporâneo por meio de uma lente inusitada: as obras de ficção científica.
Antes de mais nada, longe de ser apenas um passatempo para entusiastas do gênero, o livro demonstra como a ficção científica é um reflexo profundo do contexto mental e cultural de sua época, em que o autor trafega entre as diversas áreas do conhecimento, explorando como livros valiosos e filmes do gênero podem ser valiosas ferramentas para analisar a História.
Inegavelmente, Luiz Aloysio RangelRangel escreveu em sua obra, que as obras de ficção científica expressam de forma única as ideias, os desejos e os anseios das sociedades que as conceberam. Da mesma forma, o autor ressalta a importância de entender o contexto por trás da obra:
“Cada linguagem implica uma forma bastante particular e imersiva de experiência. E todas adentram o século condicionadas à mesma profusão de tendências e ideias. Por fim, quando lidamos com representações fílmicas que se propõem a traduzir em imagens o universo fictício criado por escritores, é importante conhecer os fatos dos quais as fontes são testemunhas, o que implica também conhecer a história dos sujeitos que as produziram, bem como dos que as consumiram. Sendo assim, nem sempre buscamos o sujeito para entender seu contexto, mas pelo contrário, vamos ao contexto para conhecer os sujeitos.”
A obra também defende a relevância da ficção como um elemento inerente à condição humana:
“Enquanto o ser humano manifestar esta condição, haverá ficção. Enquanto houver inquietação, haverá imaginação e teorização, logo, haverá ficção. Dentre todas as espécies do reino animal, o ser humano é um tipo que gosta de contar, ouvir e se alimentar de histórias. Às vezes essas histórias são desenhadas, esculpidas, escritas, encenadas ou simplesmente faladas. Não importa. Enquanto houver ficção, haverá experimentação, descoberta e invenção. E por ora, podemos dar, pelo menos a uma parcela de toda a ficção, o apelido de científica.”
Essa visão expande a importância do gênero, elevando-o de mera diversão a um campo fértil para a análise histórica e social.
História e ficção científica é indicado: para estudantes e acadêmicos de história, sociologia e ciências sociais, por similarmente, oferecer uma metodologia de análise original e interdisciplinar.
Sob o mesmo ponto de vista, para fãs de ficção científica, afinal, permite uma compreensão mais aprofundada e intelectual das obras que amam, bem como para aqueles que desejam entender melhor o mundo em que vivemos por meio de uma perspectiva inovadora.
Vale a pena ler História e ficção científica, publicado pela Editora Contexto, porque ele desmistifica a ficção científica, revelando seu potencial como um documento histórico e cultural. O livro de Luiz Aloysio Rangel é um convite a olhar para o que imaginamos sobre o futuro para compreender o presente e o passado.
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É possível entender o mundo em que vivemos a partir de obras de ficção científica?
Articulando diversas áreas, como Antropologia, Sociologia e Semiótica, além da História, este livro aborda o processo histórico de formação da contemporaneidade a partir de livros e filmes de ficção científica.
As obras escolhidas expressam de maneira singular o contexto mental e cultural dos autores que as conceberam e das sociedades que as fruíram. Assim, fornecem pistas de ideias, desejos e anseios manifestados em face do fervor do desenvolvimento científico, bem como das respectivas transformações sociais e políticas que definiram os contornos do mundo atual.
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Articulando diversas áreas, como Antropologia, Sociologia e Semiótica, além da História, este livro aborda o processo histórico de formação da contemporaneidade a partir de livros e filmes de ficção científica. As obras escolhidas expressam de maneira singular o contexto mental e cultural dos autores que as conceberam e das sociedades que as fruíram.
Veja o que Luiz Aloysio Rangel, bacharel e mestre em História Social pela PUC-SP, onde se dedicou ao estudo da ficção científica como meio para a compreensão de fenômenos contemporâneos relacionados a cultura, tempo, informação e consumo, tem a dizer sobre esse livro.
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DANIEL MORAES, escritor, editor, influencer, jornalista e assessor de imprensa e bookaholic assumido, criou o site Irmãos Livreiros onde mantem atualizado com as novidades do mercado editorial.
É autor do livro Bodas de Papel publicado pela Editora Rouxinol, e a convite da Lura Editorial foi curador das antologias O Canto dos Contos e Contos de Natal. Neste ano de 2019, assumiu a organização da antologia O Canto dos Contos – primavera e a nova antologia Contos de Natal.
