Esse nosso jeito bélico de viver, escrito pela doutora em Cultura Contemporânea, Karine Aragão, publicado pela Lura Editorial, apresenta uma realidade de um sintoma contemporâneo que está reduzindo a cada dia: a sociabilidade.

Os ensaios, escrito por Karine apresenta uma reflexão sobre a sociedade contemporânea e a interação da sociedade em todos os âmbitos afetivos e comunicativos, que está a cada dia mais escassa.

Com a premissa de intervir e apresentar meios para superar o belicismo, através das situações vivenciadas, a autora expõe formas de interação e a permissão de aceitar a pluralidade entre os nossos, pois assim, seremos iguais, sem a necessidade de pertencimento de algum grupo em questão ou a exclusão de algo que não é coeso.

Inegavelmente, nos vemos em condições de expor nossas vidas ao extremo, senão ao ridículo apenas pela necessidade de pertencimento de um grupo, tribo ou quaisquer outras possíveis realidade que é a nossa por natureza.

Como forma de reafirmar o óbvio, Karine ainda aborda a importância de incluir – diariamente – o hábito da leitura em nossos dias, independente de quaisquer que seja o contexto à que ela se destina, pois, como ela mesma menciona:

“A leitura, como atividade abstrata, não cria, por si só, soluções para problemas sociais, políticos ou ambientais, mas possibilita ao sujeito a participação em diferentes contextos que convocam a interação com o outro, o discernimento para perceber o conteúdo veiculado, a mensagem, os possíveis interlocutores, as ideologias e intertextualidades, as associações de ideias, a compreensão de situações postas, observando, consequentemente, o papel social desempenhado por cada unidade de interpretação.”

Não obstante, a leitura propicia ao indivíduo consciência de si mesmo e do outro, bem como, as ações dos seres humanos ante as adversidades que apareçam para impedir que algo de bom possa acontecer. Além de que a leitura nos permite pensar além do óbvio.

Todavia, não somente de leitura aborda o livro Esse nosso jeito bélico de viver, mas também nos traz um olhar profundo sobre nossa forma de conviver em sociedade. Quais são os parâmetros que nos levam a crer que a comunicação contemporânea está afastando a afetividade dos indivíduos, levando-nos ao mais profundo belicismo. É tempo para o conhecimento.

Esse nosso jeito bélico de viver, reflexões sobre nossa linguagem e formas de comunicação afetiva, é um livro com uma linguagem ensaística e tem como propósito através do pensamento mais profundo da professora e doutora em Cultura Contemporânea, Karine Aração, e as inúmeras obras de grande prestígio que a autora cita em toda a obra, trazer nossa essência mais profunda e sincera, a empatia humana, que por conta do nosso jeito bélico, estamos perdendo.

Sem dúvida, recomendo a leitura!

Conheça Esse nosso jeito bélico de viver, publicado pela Lura Editorial, disponível na livraria da Lura, na livraria Martins Fontes Paulista e no site da Amazon:

Esse nosso jeito bélico de viver: Reflexões sobre nossa linguagem e formas de comunicação afetiva

Esse nosso jeito bélico de viver reflete sobre um sintoma contemporâneo: nossos mecanismos de sociabilidade parecem reduzir a cada dia.

Temos perdido a capacidade de ponderar, de dialogar, de estabelecer afetos. Todos que não fortifiquem nossa câmara de eco – que não concordem com nossas perspectivas – se tornam descartáveis, obsoletos, são cancelados. O belicismo cotidiano exibe nosso lado mais indolente, pois atravessa, quase imperceptível, as nuances das relações interpessoais.

Desviar nosso olhar do cotidiano é um dos primeiros passos em direção à alienação: vamos terceirizando atitudes; e, consequentemente, legitimamos a cultura do medo, da ameaça e da violência. Eu quero te convidar a pensar sobre por que chegamos até aqui e sobre o quê podemos fazer para transformar esse quadro.

Aproveite para conhecer o podcast Nadando na Modernidade Líquida, que trata sobre os diálogos e complexificação do cotidiano, mantido pela escritora Karine Aragão e Leonardo Chermont:

 

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