Em Memória: leitura obrigatória para quem aprecia tramas ambientadas na Primeira Guerra Mundial, com foco nas experiências pessoais

Em Memória, de Alice Winn, publicado pela editora Astral Cultural, estreia com um romance impactante que explora a beleza e a tragédia do amor juvenil em meio aos horrores da Primeira Grande Guerra.

Nesta obra, a narrativa começa em 1914, quando a guerra ainda era uma ameaça distante para Henry Gaunt, Sidney Ellwood e seus colegas em um confortável internato inglês. Aos 17 anos, Gaunt trava uma batalha particular: sua paixão avassaladora por seu melhor amigo, o sonhador Ellwood, sem saber que o sentimento é plenamente correspondido.

Neste ínterim, para escapar dos sentimentos que o consomem e atender ao pedido da mãe, Gaunt se alista no exército britânico. Em um ato de desespero e lealdade, Ellwood corre para segui-lo nas trincheiras, atormentado pelo medo de que algo aconteça ao amigo. A partir desse ponto, o cenário se torna sombrio: a morte cerca os jovens a poucos centímetros de distância, mas é na união que eles encontram consolo e amparo um no outro.

Antes de mais nada, a autora não poupa o leitor da brutalidade da guerra, mas usa o horror como pano de fundo para realçar a fragilidade e a resiliência humana. Em um trecho de dolorosa reflexão, a moralidade e a civilidade são confrontadas pela violência extrema:

“As coisas por aqui têm sido um tanto implacáveis. Estou exausto. Explodiram um amigo meu na semana passada. Eu fui o primeiro a encontrá-lo. Ainda estava vivo, ou quase isso, mas não tinha começado a sentir dor. Eu quis matá-lo. Não se deixaria um cavalo, ou um cão, sofrendo daquela maneira. Mas sou um cavalheiro, e cavalheiros não matam os amigos. Fiquei com a mão pairando sobre o revólver, tentando forçar-me a tomar uma decisão. O que se pode considerar civilizado em tais circunstâncias? Mas, então, outro soldado apareceu. Ele viu onde minha mão estava e me olhou com repulsa. Senti-me um monstro.”

O amor entre Gaunt e Ellwood é retratado com uma vulnerabilidade pungente. Em um dos momentos mais íntimos e desoladores, Ellwood confronta a realidade física do trauma de Gaunt, onde o amor se manifesta na aceitação incondicional da dor do outro:

“Ellwood sabia que existia uma citação para aquele estado específico e doloroso de perplexidade, mas não se recordava. Todas as suas palavras haviam desaparecido. Algo irrompia magnificamente em seu peito, e ele não tinha como se expressar. Aos poucos, desabotoou a camisa de Gaunt, que ficou imóvel, lançando-lhe olhares breves de nervoso enquanto a peça de roupa se abria e revelava uma massa de cicatrizes espessas e vermelhas. Ellwood se obrigou a não vacilar ante a visão. O peito de Gaunt, antes forte e poderoso, estava agora distorcido, frágil. Apenas um mamilo restava, e os ossos se projetavam de maneiras estranhas. Não haviam cicatrizado da forma correta, e Gaunt estava tão magro que tudo se tornava ainda mais evidente.”

Este livro é uma leitura obrigatória para quem aprecia tramas ambientadas na Primeira Guerra Mundial, com foco nas experiências pessoais, bem como, para leitores de histórias de amor e superação, pois nesta obra, a relação entre Gaunt e Ellwood é o motor emocional que impulsiona a narrativa.

Não menos obstante, para pessoas que buscam uma leitura emocionante e intensa, pois, sob o mesmo ponto de vista, o livro aborda temas pesados como trauma, luto e violência com sensibilidade e profundidade.

Vale a pena ler Em Memória porque Alice Winn não entrega apenas um romance, mas um testamento sobre a capacidade do amor de florescer mesmo no ambiente mais hostil. Publicado pela Editora Astral Cultural, o livro é uma homenagem tocante às vidas perdidas e aos corações que encontraram consolo mútuo em meio à tragédia, tornando-se uma leitura inesquecível sobre o que significa amar e sobreviver.

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Em Memória, está disponível na Amazon e nas principais livrarias do país.

“Uma estreia terna e comovente… Winn evoca de forma impressionante o tormento e a brutalidade da vida na linha de frente” – The Times

“Se você não leu, está perdendo.” ― Bonnie Garmus, autora de Uma questão de química

Um romance de estreia impactante sobre dois jovens, secretamente apaixonados um pelo outro, que se permitem amar em meio às tragédias da guerra.

Em 1914, a Primeira Grande Guerra parece distante de Henry Gaunt, Sidney Ellwood e o restante de seus colegas de classe, instalados em segurança em um confortável internato no interior da Inglaterra. Aos 17 anos, eles ainda são muito jovens para se alistarem e, de qualquer forma, Gaunt está ocupado travando sua própria batalha particular ― uma paixão avassaladora por seu melhor amigo, o sonhador Ellwood ―, sem ter ideia de que o garoto também está apaixonado por ele, e sempre esteve.

Quando a mãe de Gaunt lhe pede para se alistar no exército britânico, o jovem atende ao pedido prontamente, aliviado por escapar dos sentimentos que o consomem. Porém, para o desespero de Gaunt, Ellwood corre para segui-lo nas trincheiras, atormentado pelo medo de que algo aconteça ao amigo.

A morte os cerca nessa nova realidade sombria, muitas vezes a poucos centímetros de distância, e ninguém sabe quem será o próximo. Mas, uma vez juntos, Ellwood e Gaunt encontram consolo e amparo um no outro enquanto enfrentam os horrores da guerra.

O romance de estreia de Alice Winn, Em Memória, anuncia a chegada de um novo talento incrível, uma meditação luminosa e comovente sobre as tragédias da guerra e o precioso refúgio que pode ser encontrado na profunda conexão humana.

Neste vídeo, Alice nos conta mais e compartilha três obras favoritas que inspiraram sua própria escrita.
Assista no canal Waterstones, no YouTube:

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