Corre, Cotia: uma fábula contemporânea sobre nossas raízes, ancestralidade e o meio ambiente

Em Corre, Cotia, Kaká Werá Jecupé nos presenteia com uma fábula contemporânea que nos convida a refletir sobre questões cruciais do nosso tempo, como a importância da ancestralidade e a necessidade de preservação do meio ambiente.

A história de Cotia, uma pequena que sai em busca de suas origens, nos leva a uma jornada de descobertas e aprendizados. Acompanhada por seu amigo Saruê, ela embarca em uma aventura que a fará repensar seus valores e o seu papel no mundo.

A narrativa de Kaká Werá, rica em detalhes e simbolismos, nos transporta para um universo mágico e familiar, onde os animais são os protagonistas. Através de suas falas e ações, o autor nos apresenta importantes lições sobre respeito, amizade e a importância de valorizar nossas raízes.

Da mesma forma, as ilustrações de Sawara, filha do autor, complementam a narrativa de forma encantadora. Com cores vibrantes, vivas e traços expressivos, ela dá vida aos personagens e aos cenários da história, criando um universo visualmente rico e convidativo.

Corre, Cotia

O que mais me chamou a atenção em Corre, Cotia foi a forma como o autor aborda temas complexos de forma didática e acessível, aonde Kaká Werá consegue tratar de assuntos como a importância da ancestralidade, a necessidade de preservar o meio ambiente e os desafios enfrentados pelas comunidades indígenas de forma clara e envolvente, tornando a leitura acessível para crianças e adultos.

De maneira idêntica, a riqueza da cultura indígena presente na narrativa em que o autor nos apresenta elementos da cultura indígena brasileira, como lendas, costumes e valores, enriquecendo a história e nos convidando a conhecer mais sobre a diversidade cultural do nosso país.

Inegavelmente a beleza e a expressividade das ilustrações de Sawara, filha do autor, são um show à parte, complementando a narrativa de forma encantadora e criando um universo visualmente rico e convidativo.

A mensagem de esperança e empoderamento na história de Cotia nos mostra que, mesmo diante dos desafios, é possível lutar por aquilo que acreditamos e construir um futuro melhor para todos.

Corre, Cotia

 

A fábula é uma ótima opção para apresentar às crianças a importância da ancestralidade, da amizade e da preservação do meio ambiente. A obra convida os adultos a repensarem seus valores e o seu papel na sociedade, incentivando a busca por um mundo mais justo e sustentável.

O livro é um excelente recurso para trabalhar em sala de aula temas como cultura indígena, meio ambiente e valores humanos, pois, a narrativa envolvente e as ilustrações encantadoras fazem deste livro uma leitura prazerosa e inesquecível.

Recomendo este livro para quem busca uma leitura inspiradora e reflexiva; para leitores que se interessam por temas como cultura indígena e meio ambiente, enfim, todos aqueles que desejam fazer a diferença no mundo.

Em suma, Corre, Cotia é um livro que nos faz sonhar com um futuro mais justo e sustentável, onde a sabedoria ancestral e a força da união nos guiem rumo a um mundo melhor.

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Corre, Cotia

Seguindo a tradição dos povos originários brasileiros, Kaká Werá cria as próprias narrativas fabulares. Depois do livro Uga, é vez de Corre, Cotia, história que também tem os animais como personagens e apresenta importantes conflitos humanos e contemporâneos.

Professora das mais sabidas, Suindara, uma Coruja que dizem ter poderes especiais, resolve trazer para a turma de bichos crianças um novo assunto: a árvore genealógica. Para entender seu significado, nada melhor do pesquisar a própria. Assim, a pequena Cotia, desprezada por boa parte da turma, sai em busca de suas origens, acompanhada pelo amigo Saruê. Ninguém melhor do que sua tia para dar informações sobre os ancestrais. Contudo, ao correr até a sua casa, os dois amigos deparam-se com um grande mistério. E o que era para ser apenas uma pesquisa escolar vira missão das mais importantes.

Nesta fábula contemporânea, Kaká Werá, acompanhado pelas ilustrações de sua filha, Sawara, e retomando uma parceria que começou quando a menina tinha apenas 11 anos, descortina grandes questões de nosso tempo, fazendo-nos refletir tanto sobre o meio ambiente e o delicado equilíbrio entre as espécies, condição fundamental para a sobrevivência de todos, como também aborda conflitos presentes no dia a dia das escolas, fazendo-nos pensar sobre outro delicado equilíbrio de que não podemos nos esquecer.

Kaká Werá Jecupé nasceu em 1º de fevereiro de 1964, no distrito de Parelheiros, em São Paulo (SP). Foi batizado como Werá Jecupé no povo Guarani. É escritor, empreendedor social e fundador do Instituto Arapoty. É autor do livro Corre, Cotia, publicado pela Peirópolis.

A exposição “Vidas Indígenas: modos de habitar o mundo” é uma realização do Museu da Pessoa em parceria com a rede Visibilidade Indígena, e conta com o apoio do UNHCR ACNUR, Armazém Memória, Instituto de Políticas Relacionais e Embaixada da Noruega.

Disponível no YouTube:

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