“Conversas Desconfortáveis com um Homem Negro”, escrito pelo ex-jogador de futebol americano e comentarista da Fox Sports, Emmanuel Acho, publicado pela Editora Leya, é um livro necessário que responde às mais variadas questões de pessoas brancas – e negras – sobre racismo e preconceito. Um convite acolhedor a todos aqueles interessados em conhecer mais tudo a que as pessoas negras estão diariamente submetidas, ao racismo estrutural.

A obra se transformou em best-seller instantâneo do New York Times, alcançando a marca de 100 mil cópias vendidas em apenas três meses, após a apresentadora Oprah Winfrey ter visto a obra e apresentou o livro em seu programa. Foi instantâneo!

De modo prático, direto e sem rodeios, Emmanuel Acho, apresenta diversos pontos tal qual um manual prático onde é divido em três parte e a cada capítulo, aborda uma situação ocorrida, ficando desconfortáveis com o ocorrido e fecha com as ações que devemos fazer para cortar o mal pela raiz. Algo como tudo o que você quis saber sobre racismo, mas decidiu não questionar para não entrar no assunto e ficar desconfortável.

Emmanuel conta em um dos capítulos, como teve a ideia de montar um canal no YouTube que leva o título do livro, onde ele responde, de maneira amigável e franca, a perguntas de pessoas brancas sobre o racismo. Dentre as questões levantadas, algumas são:

  • Como abordar a questão da raça com as minorias?
  • Quais as melhores maneiras de identificar e se livrar do nosso preconceito implícito?
  • Quais sistemas racistas precisam ser mudados atualmente?

Embora o livro tenha foco a partir do racismo latente nos Estados Unidos, é perceptível que se estenda para todos os cantos do globo, afinal, preconceito racial existe em todos os lugares. E a única forma de combate-lo é mostrar que negros e brancos são pessoas com as mesmas aspirações, medos, frustrações, alegrias e conquistas. Os privilégios que um homem branco tem por direito, é o mesmo que um homem negro também tem. Por qual motivo deveria ser diferente?

O livro foi escrito durante a pandemia do coronavírus, e Emmanuel sintetizou com muita objetividade em uma das inúmeras citações contida no livro:

“A pandemia mais duradoura tanto nos Estado Unidos quanto no mundo é um vírus que ataca não o corpo, mas a mente, e se chama racismo.”

Empatia. Essa é a palavra que define toda a obra. E de forma clara, apresentando fatos do cotidiano ou até mesmo, pontos históricos, o autor conduz o leitor de maneira leve, a se colocar no lugar do outro. Nesse caso, em sentir o que uma pessoa negra passa ao ser menosprezada por uma pessoa que age com racismo.

Inegavelmente, a obra tem o intuito de incomodar o leitor por conta de sua narrativa direta, sem enrolação, apresentado fatos que jamais deveriam deixar de ser retratados. E sem sombra de dúvida, ler “Conversas Desconfortáveis com um Homem Negro” é uma boa forma de saber se você é racista ou se tem preconceito. Se isso te incomodou, leia esse livro. Simplesmente recomendo!

“Conversas Desconfortáveis com um Homem Negro”, publicado pela Editora Leya, está em promoção no site da Amazon:

Conversas desconfortáveis com um homem negro
Conversas desconfortáveis com um homem negro é um convite acolhedor a todos aqueles interessados em conhecer mais tudo a que as pessoas negras estão diariamente submetidas – discriminação, desigualdade e violência, tanto em suas formas mais evidentes e abomináveis quanto nas mais veladas, subjacentes e estruturais. O comentarista esportivo Emmanuel Acho, um homem negro, acredita que a solução para o racismo, que ultrapassa as fronteiras dos países, é a empatia, só alcançada com informação. Ele então decidiu criar um “espaço seguro” para responder a perguntas – complexas e simples, insensíveis e consideradas tabu – que muitas pessoas hoje em dia têm medo de fazer e cujo entendimento profundo é a chave para combatermos o preconceito e a desigualdade. Emmanuel fez primeiro uma websérie em seu canal no YouTube, que teve mais de 17 milhões de visualizações. Logo em seguida, foi convidado a transformá-la neste livro, que foi publicado nos Estados Unidos em novembro de 2020, chegou à lista dos mais vendidos em apenas duas semanas e foi escolhido como um dos melhores do ano.
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Fundador do Portal Irmãos Livreiros

Escritor, editor, jornalista, comunicólogo e bookaholic assumido, criou do portal Irmãos Livreiros onde mantém atualizado com as novidades do mercado editorial.