O ano começou e como tradição, é hora de revisar todas as promessas não cumpridas no ano anterior, como criar projeções para o ano ano. Com os livros, também é assim: separar os livros que serão lidos em 2020.
É comum uma infinidade de livros passarem por nossas mãos, após adquirir em livrarias, feiras literárias, bienais e a promessa de ler ainda na mesma semana, se desfaz, por diversas questões, seja a leitura atual, clubes de leitura, estudos, faculdade chegando ao fim, ou o desejo de ler no momento poder ter passado. E o livro que seria prioridade sempre acaba indo vai parar na prateleira.
Além dos livros parados, livros que adquiriu no Natal, reunião de empresa, Amigo Secreto ou que comprados na Feira da USP, são excelentes indicações para inserir na lista de livros para ler neste ano. Claro, todos os livros são inseridos na prateleira virtual, o Skoob, e a seguir, apresento os 12 livros para ler em 2020.
Antes, porém, apresento meu livro “Bodas de Papel“, publicado pela Editora Rouxinol:
Bodas de Papel, nos apresenta Michelle, jovem universitária concentrada nos estudos e determinada a ter brilhante carreira profissional.
Mas, toda determinação da jovem não bastou e ela se rendeu à paixão: Michael, jovem sedutor, cruza o seu caminho, revelando a ela amores intensos.
No entanto, a vida de Michelle irá se transformar completamente ao ser diagnosticada com duas situações distintas e um tanto quanto embaraçosas; e toda sua estrutura poderá ruir.
Embarque na leitura emocionante, repleto de sensualidade e dramas; um estímulo aos apaixonados pela vida e pela experiência intensa de se viver um grande amor.
Do ensaio à crítica política, passando pelo romance LGBT e lançamentos que foram adaptados para os cinemas, até os clássicos da literatura, esses são os 12 livros para ler em 2020:
Em 28 de janeiro de 1943, a cidade de Natal, que tinha, então, o aeroporto mais movimentado do mundo, foi local do encontro histórico entre Roosevelt e Vargas. Sob a ameaça nazista dos submarinos, e de uma possível invasão do Brasil a partir do Norte da África, o presidente da maior democracia do mundo assume os riscos de vir ao Brasil.
A base aérea chamada pelos americanos de Parnamirim Field, foi o cenário do encontro secreto que mudou de vez o panorama geopolítico do pós-guerra e a história do Brasil moderno.
50 anos de rebeldia, 30 anos de um livro clássico.
O famoso Maio de 1968 começou com dois meses de antecedência no Brasil. Mais precisamente em 28 de março, quando a PM invadiu o restaurante estudantil Calabouço, no centro do Rio de Janeiro, e matou Edson Luis Lima Souto, de 18 anos, com um tiro à queima-roupa no peito. A reação da sociedade civil à truculência da ditadura militar, no enterro acompanhado por 50 mil pessoas e na famosa Passeata dos Cem Mil, realizada em junho, estabeleceu a rota de colisão que culminaria com a decretação do nefando Ato Institucional nº 5 no dia 13 de dezembro daquele ano tornado mitológico.
A partir dali, não haveria mais a encenação de democracia que vigorara desde o golpe de 1964: o governo do general Arthur da Costa e Silva deteria nas mãos todos os poderes e não se furtaria a usá-los, fosse cassando, exilando, prendendo ou até matando de forma clandestina. Vinte e um anos se passariam até que um presidente civil eleito democraticamente chegasse ao Palácio do Planalto – Fernando Collor de Mello, que também democraticamente, em 1992, seria impedido de governar pelo Congresso, acusado de corrupção – e a normalidade fosse restaurada na vida nacional.
Neste livro, o historiador petrônio domingues procura mapear o protagonismo negro paulista no século xx e fazer um balanço dessa produção histórica. São diversos elementos de análise: biografias, vida associativa, ações políticas, agenciamentos sociais, práticas culturais, relações de gênero, conexões afrodiaspóricas, concepções ideológicas, invenções identitárias e narrativas.
Trata-se aqui de um panorama do período pós-abolição, quando, segundo o autor, “já não havia mais escravizados nem senhores, e lugares e hierarquias sociais edificados durante séculos se desmancharam”
Maria Helena é uma jornalista que, após um longo período de exílio em função da ditadura militar no Brasil, volta para recuperar sua vida anterior e reencontrar a família. Instalada numa casa de praia em companhia da mãe, ela revisita cenas da infância e da juventude, e repassa os motivos que a fizeram deixar o país. Juntas, mãe e filha rememoram os momentos mais agudos da repressão, enquanto passam a limpo sua delicada convivência.
Ao mesclar ficção e realidade, Ana Maria Machado reconta alguns dos eventos mais marcantes do período – as primeiras manifestações estudantis, o endurecimento do regime, as formas de resistência – e discute não só como os mecanismos da repressão podem controlar uma sociedade, mas como a transição para a democracia pode ser lenta e dolorosa.
Saiba como se configura a nova ordem mundial. O mundo vem passando por uma série de transformações. Potências hegemônicas como os Estados Unidos têm de lidar com cada vez mais limitações em sua atuação, e as grandes companhias agora enfrentam a crescente ameaça dos pequenos empreendimentos. O poder, na política ou nos negócios, está se tornando mais fragmentado.
Ao longo de “O fim do poder”, o escritor venezuelano Moisés Naím discute as mudanças pelas quais o mundo vem passando desde meados do século XX e procura explicar por que o poder é hoje tão transitório – e tão difícil de manter e usar –, examinando o papel das novas tecnologias e identificando as forças que estão por trás dessas transformações.
No Brasil, em 2018, cinco grandes forças motivaram a votação maciça que o então deputado federal Jair Bolsonaro recebeu nos dois turnos da eleição presidencial:
(1) o antipetismo, que foi estimulado com voracidade ímpar por alguns dos principais grupos empresariais e de comunicação do País nos anos anteriores,
(2) o elitismo histórico, reforçado principalmente por boa parte da classe média brasileira e algumas camadas mais pobres e ascendentes da população,
(3) o dogma religioso, neste caso, mais especificamente considerando a notória adesão dos evangélicos à candidatura de Bolsonaro,
(4) o sentimento de antissistema, em virtude de uma imensa descrença no modelo de democracia representativa (31 milhões de abstenções e 11 milhões de brancos ou nulos) e
(5) o uso de novas ferramentas e estratégias de comunicação, tais como o Facebook, Twitter, Instagram e WhatsApp para a disseminação de notícias falsas e discursos de ódio ou medo.
Urucumacuã é a saga de um príncipe lendário que teria vivido em épocas longínquas, pelas terras da região amazônica, e deixado tesouros colossais em ouro e pedras preciosas.
A obra enfoca a história desse misterioso personagem, relatando muitas de suas inacreditáveis proezas, bem como a manifestação de poderes sobrenaturais, aprendidos e desenvolvidos no distante Reino da Perfeição, onde passou sete anos, para sagrar-se membro da Antiga Mística Ordem Real – AMOR. Detentor de conhecimentos secretos ministrados pelo Grande Rei, o Príncipe Urucumacuã aprendeu a dominar o fogo, transmutar metais em ouro alquímico, tornar-se invisível, além da prática de outros saberes da misteriosa Magia Sagrada.
A trágica paixão de Urucumacuã pela bela de Trindade, Angelim, filha bastarda do inimigo Rei Mor, resulta uma trama envolvendo magia e encantamentos, cenário irreal, mas propício à evocação de outros personagens mitológicos do folclore amazônico, ligados às aventuras e desventuras do belo príncipe dos cabelos de fogo e dos olhos da cor das esmeraldas. A partir da descrição de seu nascimento até a morte, acontecimentos transcendentes, ficticiamente, contribuem para dar origem às lendas correlatas às mais conhecidas do folclore amazônico, entre elas as do Saci-Pererê, do Boto Cor-de-Rosa, da Mula sem Cabeça, do Mapinguari, do
Caipora, do Curupira, elucidando ainda o surgimento de palavras, termos e expressões próprias à nossa linguagem.
Uma tragédia afastou para sempre Bruno de seu irmão Mateus. Sem seu melhor amigo e confidente, ele se prende a lembranças e tenta superar o luto.
Entre angústias e o crescimento pessoal, ele precisará definir do que é possível abrir mão em nome da felicidade, mesmo que isso represente viver de um modo que seus pais podem não aceitar.
Enquanto define o que deseja de seu futuro, Bruno irá descobrir que nossas existências são feitas de momentos e que cada um deles é um aprendizado nesse caminho longo chamado de vida.
Artur é um garoto de 14 anos que mora com a mãe e vê o pai aos finais de semana, pois os pais são separados.
Tudo isso muda quando a mãe morre, e ele passa a morar com o pai, Guilherme. Charmoso, extrovertido, tatuador na Galeria do Rock, ele está longe de ser o pai que Artur sempre quis.
Conflito de gerações, dificuldade de comunicação entre pais e filhos, sexualidade e primeiro amor: são todos os desafios que o Artur tem que viver durante a adolescência.
Em todo o mundo, as cidades estão se tornando lugares melhores para se viver. De megalópoles como São Paulo e Shanghai a cidadezinhas como a italiana Bastia di Rovolon (5 mil habitantes) e a japonesa Kamikatsu (1.482 habitantes!), o uso de tecnologias voltadas ao cidadão para aumentar sua qualidade de vida vem crescendo em todo o mundo.
Esse não é um processo baseado em tecnologia, porém. O conceito de Cidades Inteligentes (ou Smart Cities) está ganhando espaço e se tornando cada vez mais relevante para agentes públicos, empresas privadas e cidadãos por um motivo muito simples: cidades mais inteligentes são capazes de se adaptar aos movimentos da sociedade e resolver os grandes problemas urbanos.
Anna Fox mora sozinha na bela casa que um dia abrigou sua família feliz. Separada do marido e da filha e sofrendo de uma fobia que a mantém reclusa, ela passa os dias bebendo (muito) vinho, assistindo a filmes antigos, conversando com estranhos na internet e… espionando os vizinhos.
Quando os Russells – pai, mãe e o filho adolescente – se mudam para a casa do outro lado do parque, Anna fica obcecada por aquela família perfeita. Até que certa noite, bisbilhotando através de sua câmera, ela vê na casa deles algo que a deixa aterrorizada e faz seu mundo – e seus segredos chocantes – começar a ruir.
Mas será que o que testemunhou aconteceu mesmo? O que é realidade? O que é imaginação? Existe realmente alguém em perigo? E quem está no controle?
Neste thriller diabolicamente viciante, ninguém – e nada – é o que parece. A mulher na janela é um suspense psicológico engenhoso e comovente que remete ao melhor de Hitchcock.
Dever de capitão conta a história real de um marinheiro sob a mira de piratas somalis nos mares do leste da África.
Em 2009, Richard Phillips, experiente oficial da marinha mercante dos Estados Unidos, assumiu o comando do navio cargueiro Maersk Alabama com a missão de transportar toneladas de alimentos desde Omã, na península Arábica, até o Quênia. Para isso, precisaria atravessar uma das regiões mais perigosas do mundo: o golfo de Áden, ao norte da costa da Somália, cujas águas são dominadas por piratas.
Apesar de todas as precauções, o cargueiro é abordado por um pequeno grupo de piratas somalis armados, que rendem Phillips e tentam obrigá-lo a entregar a embarcação. A partir de então, o capitão e os invasores travam uma guerra psicológica pelo controle do navio — e pela vida da tripulação. Dever de capitão inspirou o filme Capitão Phillips, protagonizado por Tom Hanks.
DANIEL MORAES, escritor, editor, influencer, jornalista e assessor de imprensa e bookaholic assumido, criou o site Irmãos Livreiros onde mantem atualizado com as novidades do mercado editorial.
É autor do livro Bodas de Papel publicado pela Editora Rouxinol, e a convite da Lura Editorial foi curador das antologias O Canto dos Contos e Contos de Natal. Neste ano de 2019, assumiu a organização da antologia O Canto dos Contos – primavera e a nova antologia Contos de Natal.