Jo Nesbø é um escritor fascinante. Isso é um fato. E vocês não vão acreditar que depois que li “Boneco de Neve”, inclusive tem resenha no canal Irmãos Livreiros do Youtube, no qual adorei a forma como ele relata o personagem Harry Hole, não imaginava que em “Polícia”, esse norueguês iria me deixar preso à narrativa, a ponto de enlouquecer com a trama estritamente muito bem e um desfecho de tirar o fôlego! Bem, vamos a resenha:
Embora não tenho livro “Fantasma”, seu antecessor – seguindo a cronologia de lançamentos –, me amarrei pacas com o décimo livro da série policial onde o protagonista é o inspetor carrancudo, Harry Hole (Na Noruega lê-se Rari Rola). Neste, policiais estão sendo mortos por algum maluco que os seguem por razões inicialmente sem nexo, que ao decorrer da trama, isso vai sendo mostrado: homofobia!
Tais crimes não foram solucionados e sabemos que o assassino está a solta rondando os passos da polícia de Oslo, na Noruega. E com o clima de especulações e possibilidades, a repartição policial no qual os policiais mortos trabalhavam, entram em reboliço, mas nada é concretizado. Somente na página 181, que em um professor em uma sala de aula sobre balística é mencionado: Harry Hole, o inspetor que teve participação em todos os livros anteriores. Se o livro estava interessando, a partir daí, Jo Nebo nos permite ficar vidrados no que virá pela frente.
Como o assunto homofobia é o centro das atenções, uma vez que um policial foi morto, pois gay assumido, flertou no banheiro da corporação com outro policial que se diz “comedor”; o pica das galáxias e, sendo pego no flagrante por outro camarada radicalmente hétero e sangue nos olhos, a prova principal é que tenham acabado com a vida do rapaz para ocultar pistas. Porém, isso vai cair por terra quando um dos policiais é morto ao investigar o mesmo local do crime onde o policial gay foi assassinado e então abre-se uma lacuna na história para que o leitor se pergunte quem é a porra do assassino.
A parte que mais me deixou envolvido é que Harry não é o herói como personagem principal e exclusivo, mas sem o auxílio dele, a história poderia tomar outros pontos, afinal o detetive Hole foi muito bem construído nos livros anteriores e a cada nova investigação, ele tende a ser melhor no que faz e claro, torna-se a estrela que mais brilha.
Um ponto a ressaltar é que prefira ler a série antes de ler Polícia, pois tem várias menções à casos nos livros anteriores, por isso, se ler apenas polícia pode se perder em alguns casos, mesmo sendo um livro isolado dentre os demais. Uma dica é ler antes o “Boneco de Neve” que é muito citado nesse livro. Confira a resenha aqui:
Já sou fã do Jo Nesbø, e neste, conseguiu fidelizar a preferência pelo cara. Com certeza irei ler os demais que ele escreve, pois é bom no que faz. Talvez, possa ser o melhor dentre tantos outros escritores bons, mesmo tendo na manga truques estilísticos de linguagem construtiva.
Em suma, “Polícia” é um livro incrível e Jo Nesbo já deixou pistas para o próximo livro “A Sede“, lançado pela Record, que claro, irei ler muito em breve e, assim que o fizer, trarei resenha. Só resta saber se a Universal Studios vai produzir o filme assim como fez com “Boneco de Neve”. Se isso acontecer, estarei nos cinemas para conferir a adaptação cinematográfica.
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Conheça os demais livros escritos por Jo Nesbø, no qual leva o protagonista Harry Hole, como centro da trama.
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Tão logo, irei trazer demais resenhas dos outros livros da série que já me tornei fã! \o/
DANIEL MORAES, escritor, editor, influencer, jornalista e assessor de imprensa e bookaholic assumido, criou o site Irmãos Livreiros onde mantem atualizado com as novidades do mercado editorial.
É autor do livro Bodas de Papel publicado pela Editora Rouxinol, e a convite da Lura Editorial foi curador das antologias O Canto dos Contos e Contos de Natal. Neste ano de 2019, assumiu a organização da antologia O Canto dos Contos – primavera e a nova antologia Contos de Natal.