12 livros para ler em 2025: Irmãos Livreiros divulga os livros recomendados para este ano
Um novo ano se inicia, e com ele a oportunidade de renovarmos nossos hábitos e criarmos novas metas. E que tal começarmos por uma das mais prazerosas: a leitura?
Em 2025, proponho um desafio para todos os amantes de livros. A ideia é simples: pegar todos aqueles livros que estão esperando pacientemente na estante e dar a eles a atenção que merecem.
Para te inspirar, preparei uma lista com 12 títulos incríveis que você precisa conhecer. Mas lembre-se, esta é apenas uma sugestão! A ideia é que você crie sua própria lista e leia neste ano que acabou de iniciar.
Vamos juntos transformar 2025 no ano da leitura!
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Irmãos Livreiros divulga os melhores livros do ano.
2024 foi um ano repleto de descobertas literárias! Entre tantas páginas viradas, 92 livros me proporcionaram momentos de pura imersão em diferentes mundos e perspectivas.
A proposta sugerida pelo blog Irmãos Livreiros é utilizar essa métrica para retirar os livros parados na estante, possibilitando que, ao lê-los, façamos grandes descobertas entre obras que estavam há muito tempo estacionadas no cantinho da prateleira.
CONHEÇA OS LIVROS PARA LER EM 2025:
A SILENCIOSA INCLINAÇÃO DAS ÁGUAS
AUTÊNTICA
Orlando, Tomas, Muriel, Alister, Herbert – e Magnólia. Todos retornam nesta primeira parte de, sete anos após os conturbados eventos de O frágil toque dos mutilados (Autêntica, 2015), premiado romance de estreia de Alex Sens.
Magnólia está ainda mais afastada do irmão e enfrenta uma crise em seu casamento quando uma tragédia reúne todos numa inesperada e transformadora viagem para a Noruega. Lá, em busca de um deslocamento não somente físico, mas também emocional, cada membro dessa família se descama lentamente para encarar seus maiores terrores e suas mais íntimas dores.
Nessa trajetória de reconstrução de suas próprias identidades, agora tomadas pelo luto, eles buscam compreender seus relacionamentos e as experiências vividas nos últimos anos.
A silenciosa inclinação das águas é um romance sobre os vários tipos de reencontros, mas também sobre as dores veladas, sobre a tentativa de preencher a brancura vazia deixada pela morte e sobre o efeito da ausência no ritmo da vida, que continua a se decompor mesmo quando seus fragmentos já estão há muito espalhados. Este é um novo capítulo na história de Magnólia, sobre um silêncio que, ao se romper, revelará algo até então profundamente oculto e que pode mudar tudo.
O AZUL ENTRE O CÉU E A ÁGUA
BERTRAND
Palestina, 1947.
Beit Daras é uma vila tranquila rodeada por oliveiras e lar da família Baraka. Quando forças israelenses surgem nos arredores, ninguém suspeita do terror que está prestes a acontecer. Logo a vila está em chamas. Entre fumaça e cinzas, famílias precisam abrir caminho até os campos de refugiados em Gaza, em uma viagem que testará seus limites. Após chegarem, nada mais é o mesmo.
Em uma narrativa que vai do mágico ao terrivelmente real, percorrendo pontos no Oriente Médio e na América em diversas gerações de uma mesma família, O azul entre o céu e a água conta a história de mulheres imperfeitas, porém profundamente corajosas, de corações partidos, de resistência, de renovação.
MEMÓRIAS DE ÁGUA E SAL
PRIMAVERA
Pola, uma mulher de fé, foi sequestrada de sua terra natal e levada para fazendas em Porto Rico, onde é escravizada. Lá, ela desempenha a função de parideira, gerando mais e mais crianças que são tiradas dela assim que nascem. Mas é impossível apagar o passado, e o futuro sempre chega.
Memórias de água e sal não é uma história de derrota, é um enredo sobre cura, no qual a fraternidade e a força de suas raízes são capazes de conduzir reencontros e despertar as tantas faces do amor: o amor de mãe, o amor de filha, o amor de irmã, o amor pela comunidade e o amor-próprio. A força do espírito feminino perdura, mesmo quando há tanto tentando destruí-la.
CATEDRAIS
PRIMAVERA
“Terminei de ler Catedrais, um romance de Claudia Piñeiro que me deixou totalmente envolvido por três dias. Fico me perguntando se há uma possível adaptação para o cinema.” – Pedro Almodóvar
Em um terreno baldio de um bairro tranquilo, o corpo de uma adolescente é encontrado esquartejado e queimado. Passados trinta anos, o crime continua sem solução e a família e o entorno da jovem desmoronaram. Quando finalmente a verdade é descoberta, revela a crueldade a que podem conduzir a obediência e o fanatismo religioso; a cumplicidade dos medrosos e indiferentes, e também a solidão e o desamparo daqueles que ousam seguir o seu próprio caminho.
Em Catedrais, um suspense que se desenrola a partir de múltiplos pontos de vista, Claudia Piñeiro investiga com maestria os laços familiares, os preconceitos sociais e as ideologias e instituições que marcam os mundos privados, e nos presenteia com uma visão comovente e corajosa, precisa como uma flecha cravada no coração deste drama secreto.
DEIXE A VIDA TE CONSOLAR
VESTÍGIO
Com décadas de experiência em psicoterapia, o renomado psiquiatra francês Christophe André sabe reconhecer quando seus pacientes enfrentam dores e desolações. A todos eles, mais do que o tratamento e um conforto temporário, Christophe oferecia uma forma de consolá-los e os ajudava a conviver com as tempestadades do cotidiano. Então, quando ele mesmo descobriu que tinha uma doença grave, percebeu o quanto o afeto e a empatia são importantes no caminho para transformar a ferida em cicatriz.
Toda desolação, grande ou pequena, é como uma parada brusca numa vida que avançava tranquilamente, uma vida na qual cada dia continha a promessa dos dias seguintes, cada ocasião perdida era desimportante porque haveria outros amanhãs e outras ocasiões de recuperá-la.
O papel da consolação, nesses momentos, não é reparar o que foi quebrado, mas ajudar a enfrentar as provações subsequentes e as incertezas futuras. Ao se deixar consolar pela beleza dos momentos simples da vida, podemos nos sentir reconfortados pela doçura do mundo e nos preparar para enfrentar as tristezas do passado e as adversidades do futuro.
NEANDERTAL, NOSSO IRMÃO
VESTÍGIO
Romeu e Julieta em versão pré-histórica… Foi assim que, em 2013, a imprensa saudou a grande descoberta da pesquisadora Silvana Condemi: a identificação do primeiro osso pertencente a um mestiço de pai sapiens e mãe neandertal. A genética tinha anunciado, e a paleoantropologia confirmou: Homo neanderthalensis e Homo sapiens misturaram suas culturas, mas também seus genes, no mesmo território europeu – e isso por mais de 5.000 anos.
Mas, então, quem é o homem de Neandertal? Um macaco ou um ruivo de pele clara? Um carniceiro ou um caçador genial que dominava a linguagem e reverenciava seus mortos? É possível que ele ainda esteja entre nós?
Transformada radicalmente pela irrupção de métodos inéditos, nossa pré-história se reescreve muito rápido, trazendo enormes surpresas. Nesta investigação apaixonante, os autores traçam o retrato mais atual de nosso estranho ancestral, passando em revista as diversas hipóteses sobre seu suposto desaparecimento. Com isso, reabrem a questão de nosso “êxito” evolutivo, tendo em vista a terrível marca que deixamos sobre tudo aquilo que nos rodeia.
A SENHORA DA CASA AZUL
PEIRÓPOLIS
Nico adora visitar o sítio do biso e da bisa. Por ali, há um pouco de tudo: galinha caipira, galinha d’angola, pato, pavão, papagaios, araras, a casa azul dos bisavós e uma casa na árvore que está sendo feita especialmente para o bisneto. Quando chega o momento de escolher a cor da nova morada, Nico provoca uma tremenda revolução na vida da bisa Georgina.
Uma história que nos leva a refletir sobre os caminhos da vida, sobre o peso de nossas escolhas e a necessidade da transformação.
POEIRA DE DIAMANTES
PEIRÓPOLIS
Esta antologia reúne contos garimpados por narradores de histórias de diferentes tradições e cantos desse imenso Brasil. Aqui oito coletivos de artistas nos apresentam a melhor história que poderiam ter encontrado depois da provocação de uma das mais reconhecidas narradoras do Brasil, Regina Machado.
Por meio de ricas fabulações e das histórias de como os narradores encontraram o conto que vão narrar, este livro traz à tona o coro polifônico das muitas brasilidades. Aqui os leitores são convidados a explorar a pluralidade e a riqueza da literatura oral brasileira, rompendo definitivamente com a noção de uma identidade nacional única, monolítica e homogênea.
Com suas vozes e enredos nascentes em terras brasileiras, este volume pode constituir valioso instrumento para educadores, estudiosos e qualquer pessoa interessada na arte de contar histórias, e na promoção e preservação do patrimônio imaterial representado pelo repertório de narrativas tradicionais, estabelecendo-se como um recurso imprescindível para quem deseja mergulhar na profundidade e na beleza da cultura oral de nosso país.
A TRAVESSIA DE GRETA JAMES
ARQUEIRO
Nesta história de luto, fama e amor, uma estrela da música marcada por uma tragédia recente se reaproxima do pai em um cruzeiro pelo Alasca.
“Uma história perfeita sobre as formas de resgatar o amor nos lugares mais inusitados.” ― Rebecca Serle , autora de Daqui a cinco anos
Greta James teve uma ascensão meteórica como cantora, mas não foi um caminho fácil. Antes da fama e dos shows com ingressos esgotados, ela passou a adolescência tocando violão na garagem.
Sua primeira fã foi a mãe, Helen, cujo rosto brilhava em meio ao público dos bares onde ela começou a se apresentar. Mas nem todos a encorajaram a ir em busca de seus sonhos: seu pai, Conrad, não via futuro naquela carreira.
Greta sempre tentou provar que ele estava errado em suas previsões, mas, três meses após a súbita morte da mãe e a poucas semanas de lançar seu aguardado segundo álbum, ela desmorona no palco e o vídeo viraliza. Na tentativa de escapar da humilhação, ela aceita, relutante, acompanhar Conrad em um cruzeiro até o Alasca.
Esta acabará sendo uma viagem de descoberta para pai e filha – assim como para Ben Wilder, um historiador que também sofreu um grande baque na vida. Ben está no cruzeiro para fazer uma palestra sobre o livro O chamado selvagem, de Jack London, que Helen adorava.
Enquanto Greta procura recuperar a autoconfiança e Ben enfrenta seu futuro incerto, eles se apoiam um no outro para compreender as escolhas difíceis da vida.
A ÚLTIMA TRAVESSIA
MORRO BRANCO
NO MAR BÁLTICO, NINGUÉM PODE OUVIR VOCÊ GRITAR.
Hoje, mais de 1.200 pessoas embarcarão em uma travessia pelas frias águas do Mar Báltico, com destino à Finlândia. Por 24 horas, elas deixarão de lado seu dia a dia sem graça e poderão ser quem quiserem. A viagem promete satisfazer seus mais diversos desejos, com bebidas, festas e cassinos.
Mas o mal espreita os corredores e, no meio da noite, não há escapatória possível. Especialmente quando todo o contato com a terra firme é misteriosamente interrompido. Se algumas pessoas se comportam como heróis ao enfrentar crises, essa noite sombria trará à tona o que há de pior nos outros, e quando desaparecimentos inexplicáveis começam a acontecer, é imprescindível que o navio não chegue ao seu destino final.
Bem-vindo a bordo do Baltic Charisma.
UMA BREVE HISTÓRIA DOS TRATORES EM UCRANIANO
INTRÍNSECA
Best-seller internacional aborda traumas familiares e imigração com bom humor, tendo a história da Ucrânia como pano de fundo.
Quando Nikolai — imigrante ucraniano octogenário radicado na Inglaterra e viúvo há dois anos — resolve se casar novamente, as filhas Nadezhda e Vera decidem intervir. Para isso, as duas precisam deixar de lado antigas desavenças em prol do objetivo em comum: tirar o pai das garras de Valentina, uma jovem ucraniana sensual e muito ambiciosa. Ela, porém, está disposta a tudo para ter o estilo de vida luxuoso do Ocidente com que tanto sonha e não ser deportada para seu país de origem.
Ao descobrirem que Valentina já era casada na Ucrânia e tem um filho adolescente, as irmãs passam a se empenhar ainda mais em tentar impedir a união da mulher com o pai. No entanto, Nikolai parece convicto: dissuadi-lo de alguma ideia nunca foi tarefa fácil. Entre desentendimentos e muitas risadas, a situação aos poucos começa a fugir do controle de todos. Enquanto Nadezhda e Vera se esforçam para arrancar a jovem interesseira do seio da família, feridas há muito esquecidas são reabertas e segredos de guerra assustadores são revelados, trazendo à tona acontecimentos passados ao longo de cinquenta anos da história mais sombria da Europa e reavivando memórias de um tempo que todos eles preferem esquecer.
Com uma narrativa brutal e sensível, Marina Lewycka tece uma história espirituosa, cativante e reflexiva sobre imigração, trauma geracional, velhice e união.
FIM
COMPANHIA DAS LETRAS
Romance de estreia de Fernanda Torres, vencedora do Gonden Globes, por ‘Ainda estou aqui’, traz grupo de amigos cariocas às voltas com a morte e as próprias frustrações. Livro adaptado para a série “Fim”, lançada em 2023 no Globoplay.
Cinco amigos cariocas rememoram as passagens marcantes de suas vidas: festas, casamentos, separações, manias, inibições, arrependimentos.
Álvaro vive sozinho, passa o tempo de médico em médico e não suporta a ex-mulher. Sílvio é um junkie que não larga os excessos de droga e sexo nem na velhice. Ribeiro é um rato de praia atlético que ganhou sobrevida sexual com o Viagra. Neto é o careta da turma, marido fiel até os últimos dias. E Ciro, o Don Juan invejado por todos – mas o primeiro a morrer, abatido por um câncer.
São figuras muito diferentes, mas que partilham não apenas o fato de estar no extremo da vida, como também a limitação de horizontes. Sucesso na carreira, realização pessoal e serenidade estão fora de questão – ninguém parece ser capaz de colher, no fim das contas, mais do que um inventário de frustrações.
Ao redor deles pairam mulheres neuróticas, amargas, sedutoras, desencanadas, descartadas, conformadas. Paira também um padre em crise com a própria vocação e um séquito de tipos cariocas frutos da arguta capacidade de observação da autora.
Há graça, sexo, sol e praia nas páginas de Fim. Mas elas também são cheias de resignação e cobertas por uma tinta de melancolia. Humor sem superficialidade, lirismo sem cafonice, complexidade sem afetação, densidade sem chatice: de que mais precisa um romance para dizer a que veio?
ANTES DE IR, NÃO DEIXE DE LER ESTA RESENHA:
Mentiras que contamos
Mentiras que Contamos, romance nostálgico LGBT, nos apresenta um encontro casual que desperta em Philippe memórias intensas de seu primeiro amor, Thomas.
DANIEL MORAES, escritor, editor, influencer, jornalista e assessor de imprensa e bookaholic assumido, criou o site Irmãos Livreiros onde mantem atualizado com as novidades do mercado editorial.
É autor do livro Bodas de Papel publicado pela Editora Rouxinol, e a convite da Lura Editorial foi curador das antologias O Canto dos Contos e Contos de Natal. Neste ano de 2019, assumiu a organização da antologia O Canto dos Contos – primavera e a nova antologia Contos de Natal.